O Campeonato Mato-grossense mal iniciou e o Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) já foi acionado para investigar possíveis irregularidades de jogadores. As diretorias do Mixto e Dom Bosco entraram com recursos acusando o Sinop e o União, respectivamente, de escalarem atletas sem o devido registro na Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
“Fomos para o jogo contra o Cuiabá com apenas 14 atletas, porque vários jogadores não estavam regularizados, inclusive quatro titulares. A lei tem que valer para todos. Se nós cumprimos a exigência de colocar para jogar só quem estava no BID [Boletim Informativo Diário], porque os outros não precisam cumprir? O União é um adversário direto, da mesma chave, não podemos ficar calados”, justificou, ao Craques do Rádio, o diretor do Dom Bosco, Paulo Borges, ao falar sobre o recurso que pede a perda dos pontos do Colorado na vitória de 3 a 2 sobre o REC, no último domingo.
O presidente do Mixto, Paulo César Gatão, alegou praticamente o mesmo teor. “O Sinop é um concorrente direto nosso e jogou com vários atletas que não estavam no BID. Porque jogaram, se o regulamento diz que não pode? Ficamos sem pelo menos oito atletas titulares, tivemos que colocar os garotos da base na fogueira para jogar. A lei é para todos, isso tem que ser claro”. O Sinop conseguiu arrancar um ponto do Luverdense na estreia, em Lucas do Rio Verde, com um empate em 1 a 1.
O presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Helmute Lawisch, afirmou que os jogadores estavam regularizados na federação, mas não apareceram no BID. Segundo ele, esta é uma decisão a ser tomada pelo TJD e não pela entidade.
O BID é o documento que regulariza a situação de um atleta perante o clube. Sem a publicação do nome do mesmo neste documento, ele não pode atuar pelo time para o qual foi contratado. Se for escalado, o clube pode ser punido. Esta punição é variável de multa em dinheiro a perda de pontos e depende do entendimento do tribunal que julga o caso.