O Brasil não teve o início de jogo esperado pela torcida, mas logo se encontrou em campo e venceu o Zimbábue no primeiro teste antes da Copa do Mundo. Em amistoso que começou com jogadas mais duras e perigosas dos donos da casa, a seleção brasileira definiu o placar por 3 a 0, depois da saída de Júlio César, que reclamou de dores no tórax.
Michel Bastos abriu a contagem em uma falta muito bem cobrada, enquanto Robinho ampliou, ainda no primeiro tempo. Depois do intervalo, o gol de Elano foi o resultado de uma ótima jogada coletiva, que passou também por Daniel Alves e Júlio Baptista.
Diante de um adversário que ocupa o lugar de numero 110 no ranking da Fifa, o Brasil encontrou mais resistência do que o esperado, até pelas boas jogadas de Benjani. Na próxima segunda-feira, Dunga leva a seleção para o amistoso contra a Tanzânia.
Já a estreia na Copa do Mundo da África do Sul será disputada no dia 15 de junho, contra a Coreia do Norte, em Johanesburgo.
O jogo: Comandado pelo atacante Benjani, ex-companheiro de Robinho no Manchester City, o Zimbábue entrou em campo disposto a fazer história. Assim, partiu para cima da estrelada seleção brasileira, que só poupou Juan para o amistoso. Depois de alguns cruzamentos desperdiçados, os donos da casa assustaram aos 19 minutos, quando Benjani disputou na área com Thiago Silva e Júlio César. A bola sobrou então para Karuru, que, diante do gol, exagerou na força e arrematou por cima do travessão.
Em seguida, surgiu a primeira boa resposta do Brasil. O atacante Robinho, que afirmou no início da semana que se sente como Roberto Carlos quando chuta a bola Jabulani (usada neste amistoso), carregou pela intermediária e arriscou a batida forte, exigindo defesa difícil de Sibanda.
Além de ganhar entrosamento, o Brasil também aproveitou para tentar se adaptar à bola que será utilizada na Copa do Mundo. Mas o goleiro Júlio César, um dos críticos da Jabulani, não teve muito tempo para ser testado, já que reclamou de dores no tórax e precisou ser substituído por Gomes, aos 25.
Apenas três minutos depois, o goleiro reserva foi obrigado a trabalhar. Mapemba cruzou da direita e Benjani, livre, cabeceou para exigir ótima defesa do arqueiro. Depois das surpresas, o Brasil passou a buscar mais o ataque e se irritou com os carrinhos dados pelos zimbabuenses.
Com mais busca pelo ataque, o Brasil abriu o placar, aos 41 minutos. Em cobrança de falta da meia-direita, Michel Bastos soltou um foguete e estufou as redes, sem dar qualquer chance de defesa a Sibanda.
Apenas dois minutos depois, Maicon fez um lançamento primoroso para deixar Robinho livre de frente para o gol. O “Rei das Pedaladas” completou para as redes.
No intervalo, Dunga aproveitou para fazer testes. Maicon, Lúcio e Kaká foram poupados e deram suas vagas para Daniel Alves, Luisão e Júlio Baptista. O Brasil, então, ameaçou depois de cobranças de escanteios. No primeiro, Robinho dominou atrás da zaga e chutou por cima. No segundo, Felipe Melo emendou chute de primeira para fora.
Sem condições físicas, o principal jogador do Zimbábue, Benjani, foi substituído por Nyomi. Já Karuru deu lugar para Nkhata. Mas o Brasil contou com um excelente jogo coletivo para ampliar. Aos 11, Júlio Baptista fez toque de calcanhar para deixar Daniel Alves na cara do gol, mas o lateral não foi “fominha” e rolou para Elano só completar para as redes.
O Brasil seguiu com amplo domínio do jogo, mas não teve oportunidade para marcar mais gols.