Se mantiver a tendência mostrada nas últimas quatro edições de Copas do Mundo, o Brasil não tem motivos para se preocupar nesta segunda-feira, quando encara o Chile, no Ellis Park, em Johanesburgo. Desde 1990, a seleção verde e amarela não cai em oitavas de final da competição mais importante entre nações.
Depois da eliminação na edição da Itália, para a Argentina de Diego Maradona e Caniggia, o Brasil nunca mais deu adeus tão cedo ao torneio. Em 1994, os comandados de Carlos Alberto Parreira alcançaram o tetracampeonato. Pelo caminho, as oitavas de final ficaram marcadas pelo difícil triunfo contra os anfitriões Estados Unidos, que comemoravam o Dia da Independência na data do confronto.
Na edição seguinte, quando a seleção canarinho perdeu apenas na decisão para a dona da casa França, as oitavas de final não impuseram tanta dificuldade. Por coincidência, o jogo foi justamente contra o Chile, que se apegou a Salas e Zamorano para sonhar com a classificação, mas foi impiedosamente derrotado por 4 a 1.
Já em 2002, o caminho do pentacampeonato reservou um jogo contra a Bélgica na primeira rodada de mata-mata. Destaques daquela edição, Rivaldo e Ronaldo garantiram o placar por 2 a 0 sobre os belgas.
No torneio na Alemanha, o último sorriso dos brasileiros foi justamente nas oitavas de final, quando derrotou Gana por 3 a 0. Na fase seguinte, o Brasil sucumbiu diante da França de Zinedine Zidane.
Agora, defendendo 20 anos de tabu, a seleção brasileira entra em campo na segunda-feira, às 15h30 (de Brasília), para as oitavas de final do Mundial da África do Sul. O Chile de Marcelo Bielsa será o responsável em tentar repetir o feito da Argentina.