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Seleção Brasileira goleia Dinamarca e pega Colômbia nas quartas de final

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“O campeão voltou.” Foi o que a torcida presente na Arena Fonte Nova, na noite desta quarta-feira, gritou para a mesma Seleção Brasileira vaiada em suas duas primeiras partidas nas Olimpíadas do Rio de Janeiro – os frustrantes empates por 0 a 0 com África do Sul e Iraque, no Mané Garrincha. Desta vez, o time nacional fez 4 a 0 sobre a Dinamarca, com gols de Gabriel (2), Gabriel Jesus e Luan, e assegurou a sua classificação às quartas de final.

O resultado deixou o Brasil com 5 pontos ganhos e com a primeira colocação do grupo A do torneio olímpico de futebol masculino. A Dinamarca ficou com 4 e avançou como segundo colocada da chave. Iraque e África do Sul, que empataram por 1 a 1 em Itaquera também nesta quarta-feira, despediram-se contabilizando 3 e 2 pontos, respectivamente.

A Colômbia será a adversária da Seleção Brasileira nas quartas de final, às 22 horas (de Brasília) de sábado, em Itaquera. A Dinamarca retornará a campo no mesmo dia, mas às 16 horas (de Brasília), contra a Nigéria, novamente na Fonte Nova.

O jogo – Com Luan no lugar de Felipe Anderson – além da entrada de Walace na vaga do suspenso Thiago Maia –, a Seleção Brasileira parecia que enfim fazia a sua estreia nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. O time que enfrentava a Dinamarca em nada parecia com aquele sonolento das igualdades com África do Sul e Iraque.

O Brasil levantou a torcida presente na Fonte Nova em pouco tempo. Primeiro, com uma boa arrancada de Renato Augusto, mais solto em campo, que Gabriel finalizou mal. Depois, já aos 13 minutos, Neymar levantou a bola na área em cobrança de falta da ponta esquerda, e Rodrigo Caio apareceu na segunda trave para concluiu. O goleiro Hojbjerg saiu bem do gol e abafou o chute.

Restava saber se a equipe, com um ataque até então estéril nas Olimpíadas, não começaria a se desesperar com as chances desperdiçadas – ainda mais porque, no outro jogo da chave, África do Sul e Iraque já empatavam por 1 a 1.

Atuando pelo lado esquerdo – jogou centralizado nas duas primeiras rodadas –, setor geralmente ocupado por Neymar, Gabriel Jesus era quem mais sentia a necessidade de marcar um gol. O palmeirense vendido ao Manchester City, da Inglaterra, perdeu outra grande chance aos 23 minutos, quando preferiu bater com o pé direito, para não usar o esquerdo, e errou o alvo.

O gol, contudo, saiu. Aos 26, Douglas Santos correu pela esquerda e fez o cruzamento. Luan não alcançou a bola no meio da pequena área. Mas, na direita, Gabriel surgiu para esticar o pé e jogar na rede. Na comemoração, o atacante do Santos, que chegara a contestar as recentes vaias para a Seleção, correu para os braços do público e selou as pazes entre jogadores e torcedores.

Estar à frente no placar pela primeira vez nos Jogos Olímpicos trouxe um nítido alívio para o time brasileiro. Na defesa, que não era ameaçada pela Dinamarca, Marquinhos bateu no peito para vibrar com a torcida ao fazer um desarme. No ataque, Gabriel Jesus se empolgou e arriscou até algumas pedaladas.

Jesus foi além do lance de efeito. Aos 40 minutos, Luan tabelou bonito com Gabriel pela direita e alçou a bola na área. Lá dentro, Gabriel Jesus se antecipou à marcação para ampliar o marcador em um primeiro tempo em que a Seleção Brasileira teve quase 70% de posse de bola.

No intervalo, o técnico Niels Frederiksen tentou frear a empolgação brasileira com uma alteração no seu ataque – Brock-Madsen saiu para a entrada de Skov. Rogério Micale, por sua vez, não tinha motivos para mexer no Brasil. A presença de Luan e a mobilidade de seus homens de frente acabaram com o angustiante distanciamento que havia entre meio-campistas e atacantes diante de sul-africanos e iraquianos.

Aos quatro minutos do segundo tempo, a Seleção Brasileira anotou outro gol. Neymar, jogando para o time, fez boa enfiada de bola para Douglas Santos jogar a bola para a área. Ali, Luan tirou proveito da liberdade que tinha para conferir.

O público entrou em êxtase. “O campeão voltou!”, reverenciaram os torcedores da Fonte Nova, em coro. A Seleção Brasileira se deu ao luxo até de começar a trocar passes e diminuir o ritmo diante dos dinamarqueses, que careciam de técnica e criatividade para reagir.

Micale fez substituições com tranquilidade, sem temer as vaias. Zeca e Renato Augusto saíram aplaudidos para as entradas de William e Rodrigo Dourado, indicando que o técnico já não estava tão preocupado com a efetividade do seu ataque. Nem precisava. Aos 35 minutos, Gabriel Jesus recebeu outro bom passe de Neymar, entrou na área e cruzou. A bola desviou no meio do caminho, e Gabriel chutou para a rede.

Com a goleada configurada, o final da partida serviu para Neymar tentar também deixar a sua marca na partida da redenção da Seleção Brasileira. Ele não conseguiu, mas saiu tão reverenciado quanto os jogadores que capitaneia nas Olimpíadas do Rio de Janeiro.

 

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