O secretário Estadual de Esportes e Lazer (Seel), radialista Laércio de Arruda, confirmou para o próximo dia 3 de setembro o pagamento da verba orçada em R$ 1,5 milhão aos 15 clubes que disputaram o Campeonato Mato-grossense deste ano. Na sexta-feira, um novo convênio teve que ser assinado entre a Seel e a Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), esta responsável em fazer o repasse às equipes.
A nova assinatura se deu em função da federação estar sendo presidida de forma interina pelo empresário João Carlos Oliveira, substituto imediato de Carlos Orione, que se licenciou por um período de dois meses para tratamento de saúde em São Paulo.
Segundo Laércio de Arruda, assim que se tornou público a liberação da ajuda financeira aos times, muitas ações trabalhistas chegaram até a Seel. Por ordem da Justiça do Trabalho, o secretário terá que fazer o bloqueio de verba da maioria das equipes para pagar dívidas trabalhistas dos clubes. Uma minoria entre eles Luverdense, Vila Aurora e Araguaia vão receber o dinheiro de forma integral, pois por enquanto não há nenhuma ação contra esses clubes.
“Ordem judicial não se discute, cumpra-se. E é o que vou fazer com relação às ações trabalhistas que estão chegando em minhas mãos. Até por conta disso, o dinheiro retardou para ser liberado”, disse Arruda.
Um dos clubes que corre sério risco de não pegar um centavo da ajuda de R$ 1,5 milhão é o Cacerense Esporte Clube. O preparador físico Marcos Sequetto acionou o time na Justiça, reclamando de salários atrasados. Ganhou a causa e hoje tem mais de R$ 30 mil para receber. Orientados por especialistas, os dirigentes cacerenses não recorreram da decisão de primeira instância ganha por Sequetto.
Outro time ameaçado de não receber integralmente o prêmio é o Operário Futebol Clube. A equipe teria de uma a duas ações trabalhistas movidas por ex-jogadores do clube. O Tricolor, vice-campeão, tem a receber R$ 144 mil.