O investimento em cadeiras de rodas para a prática esportiva deve marcar a retomada do esporte paralímpico em Mato Grosso. A compra realizada pela Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) atende a uma demanda da Secretaria Adjunta de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Casa Civil e beneficiará praticantes de basquete e tênis paralímpico. A Setas investiu R$ 98.754,00.
Foram adquiridas 39 cadeiras de rodas, sendo 24 para a prática esportiva e 15 de uso comum, todas devem ser entregues até o final de janeiro. As cadeiras específicas são uma antiga necessidade dos atletas paralímpicos do Estado, que tiveram as atividades suspensas há quase 10 anos por falta dos equipamentos.
O ex-atleta paralímpico Luiz Santana da Silva, 42 anos, jogava basquete e representava Mato Grosso. Ele e outros esportistas disputavam campeonatos regionais com cadeiras de rodas emprestadas pela Associação Mato-grossense de Deficientes Físicos (AMDE).
“Aconteceram mudanças nos padrões das cadeiras de rodas para o esporte, e as cedidas pela Associação não estavam adequadas para competições. Então, tilizávamos essas cadeiras da AMDE para apresentações esportivas, até que elas foram roubadas. Como não tínhamos patrocínio para comprar outras cadeiras, o esporte ficou parado em Mato Grosso”.
Ele reforça que a aquisição das cadeiras irá resgatar o histórico da prática paradesportiva no Estado, formando novos atletas, além ampliar a qualidade de vida dos cadeirantes.
O secretário adjunto de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Marcione Pinho, explica que as cadeiras atendem as características necessárias, além de preservarem a mobilidade dos atletas. “As cadeiras de uso comum são o nosso corpo, se elas quebrarem não saímos de casa, por isso as específicas são tão necessárias”.
As cadeiras específicas para a prática esportiva pertencerão ao Estado e serão geridas pela Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc). “As cadeiras serão disponibilizadas no Ginásio Aecim Tocantins, em Cuiabá. Pensamos na aquisição não somente para a formação de atletas de alto rendimento, mas também no cunho social. Entendemos que o esporte é a principal porta de inclusão da pessoa com deficiência”.