A Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo (Secopa) vai intervir pelos clubes de futebol profissional de Mato Grosso para evitar que a Arena Pantanal se transforme em um “elefante branco”. A afirmação é do secretário da Secopa, Maurício Guimarães. Ao ser questionado sobre a ‘privatização” da Arena, após a Copa do Mundo, o secretário admitiu que a empresa vencedora do regime de concessão deverá contribuir com os clubes, cedendo a Arena de forma gratuita para a realização das partidas oficiais.
A medida seria necessária devido os altos custos a serem cobrados pelo aluguel do novo estádio. Pelos cálculos dos dirigentes, se a Arena fosse alugada nos dias atuais, o valor diário chegaria perto dos R$ 25 mil por jogo – dinheiro que os clubes não dispõe, devido a baixa presença de público e os consequentes borderôs deficitários. No Rio de Janeiro, onde o Estádio Olímpico João Havelange (o Engenhão) foi construído pelo governo estadual, a administração é do Botafogo Futebol e Regatas.
No caso da Arena Pantanal, após a Copa do Mundo, deverá ocorrer uma licitação para conceder a administração para a iniciativa privada, visto que o custo de manutenção pelo governo do Estado seria praticamente inviável.
Para o secretário Maurício Guimarães, a solução é simples. “Basta inserirmos uma cláusula no contrato de concessão que obrigue a empresa vencedora a não cobrar dos clubes locais em suas competições. Vamos intervir nesse sentido”, adiantou Guimarães.
Atualmente os clubes gastam em média R$ 1,2 mil por jogo, pagos a Prefeitura de Cuiabá, pela utilização do Estádio Eurico Gaspar Dutra.