Mais de que nunca, a famosa frase “clássico não tem favorito” mostrou seu valor. Neste domingo, o São Paulo entrou em campo sob o clima de desconfiança, mas venceu o primeiro confronto diante do badalado Palmeiras por 2 a 1, pela semifinal do Campeonato Paulista.
A partida foi marcada por uma grande polêmica, principalmente por causa do primeiro gol tricolor, já que Adriano errou a cabeçada e tocou com a mão para vencer o goleiro Marcos. O Imperador ainda marcou outra vez na etapa complementar e terminou a partida como grande destaque.
O resultado encerra com uma seqüência de 14 jogos do Palmeiras sem derrotas (dez vitórias seguidas). Ainda por cima, no jogo de volta, no domingo que vem, no Parque Antártica, o Verdão terá que vencer para ir à final.
O jogo: O confronto semifinal começou favorável ao Palmeiras. Nos minutos iniciais, o Verdão mostrou maior iniciativa e ainda conseguiu tirar o primeiro adversário do segundo jogo da semifinal: Richarlyson levou o terceiro amarelo em uma falta sobre Valdívia.
Mas logo o São Paulo equilibrou as ações. E, ainda por cima, também tirou um palmeirense da próxima partida: Pierre, o único titular da equipe de Wanderley Luxemburgo que estava pendurado.
A partida se mostrava quente. Aos oito minutos, Valdívia foi mais um advertido com cartão amarelo por acertar o rosto de Zé Luis em uma dividida pelo alto. No lance, os são-paulinos partiram para cima do polêmico chileno.
Aos 11 minutos, a primeira grande polêmica da semifinal. O São Paulo abriu o placar em um gol de mão de Adriano, que aproveitou cobrança de falta de Jorge Wagner da esquerda e surgiu livre na frente de Marcos.
Após as reclamações, o Palmeiras resolveu dar o troco. Aos 16 minutos, o Verdão ficou perto do empate em uma cabeçada na trave de Alex Mineiro. Seis minutos depois, nova reivindicação alviverde contra arbitragem, quando Kléber escapou nas costas da zaga e, na hora de penetrar na área, caiu após contato com Hernanes.
A partir daí, o Palmeiras ficou com maior posse de bola, enquanto o Tricolor priorizava a marcação e a saída para o contra-ataque. Pouco antes do intervalo, o São Paulo quase marcou em uma cobrança de falta. A bola raspou o travessão de Marcos.
Imperador acordado: No segundo tempo, a expectativa era de pressão do Palmeiras, mas o São Paulo precisou de apenas dois minutos para ampliar. Em um lançamento preciso de Jorge Wagner, Adriano saiu nas costas da zaga, protegeu a chegada de Pierre e bateu na saída de Marcos.
A desvantagem fez o técnico Wanderley Luxemburgo mudar sua equipe: Denílson e Martinez entraram nas vagas de Kléber e Pierre. Pouco depois, o Verdão partiu com tudo para cima com a entrada de Lenny no lugar de Élder Granja.
Aos 26 minutos, o próprio Lenny teve a chance de marcar o primeiro. Ele invadiu a área pela direita e bateu cruzado pela linha de fundo. O próprio atacante foi fundamental para o Verdão diminuir, já que sofreu pênalti ao tentar driblar Alex Silva na área. Com tranqüilidade, Alex Mineiro descontou.
O gol animou o Palmeiras a buscar a igualdade. Aos 33 minutos, Valdívia disparou de longe e exigiu grande defesa de Rogério Ceni. Contudo, a defesa são-paulina suportou a pressão e garantiu a vantagem do empate para o jogo no Parque Antártica.