O São Paulo cumpriu bem seu dever no início de uma série de confrontos diretos desta reta final do Campeonato Brasileiro. Na noite desta quinta-feira, na Arena Barueri, o Tricolor venceu o Atlético-PR por 2 a 1 e ultrapassou o adversário na classificação do Nacional.
Ao derrotar o rival direto na briga pela vaga na próxima Copa Libertadores, o São Paulo chegou aos 47 pontos, no sétimo lugar, com vantagem sobre o Furacão apenas nos critérios de desempate. O jogo ainda marcou o reencontro de Paulo César Carpegiani com o clube em que se destacou neste Brasileirão, o Atlético.
Nas duas próximas rodadas, o Tricolor terá mais confrontos diretos, diante de Cruzeiro e Corinthians. Até o final do campeonato, outro rival da parte de cima da tabela a atravessar o caminho são-paulino será o Fluminense.
Na partida desta quinta, Ricardo Oliveira abriu o placar. Porém, ainda no primeiro tempo, Guerrón aproveitou vacilo da defesa para igualar. Na etapa final, Miranda definiu o placar positivo.
O time de Carpegiani volta a campo na noite de quarta-feira, quando enfrentará fora de casa o Cruzeiro. Já o Atlético-PR tem compromisso no dia seguinte, diante do Palmeiras, na Arena da Baixada.
O jogo: A apatia do São Paulo nos primeiros instantes do jogo permitiu que o Atlético-PR levasse perigo logo aos três minutos, quando Netinho cobrou escanteio e viu Rafael Santos desviar para a trave de Rogério Ceni. No rebote, Bruno Mineiro mandou para o gol, mas o assistente observou o impedimento do atacante.
O lance acordou o Tricolor, e o jogo ficou mais truncado no meio-campo. Aos poucos, o time mandante conseguiu esboçar perigo e abriu o placar, aos 12 minutos. Dagoberto disputou com a defesa, e Ricardo Oliveira ficou com a bola, passando por um defensor antes de invadir a área. De frente para o gol pela esquerda, o atacante não perdoou e soltou um foguete para estufar as redes.
Depois do gol, o São Paulo armou uma forte pressão sobre o adversário. Logo no lance seguinte ao do tento, Guerrón pediu pênalti ao disputar com Miranda na área, mas o árbitro mandou seguir. Com mais posse de bola e ousadia, o Tricolor chegou duas vezes com Ricardo Oliveira. Na primeira delas, o atleta carregou a bola pela esquerda e chutou rasteiro, exigindo boa defesa de Neto. Na segunda, o atacante cabeceou da entrada da área para encobrir o adiantado goleiro, mas a bola foi para fora.
O problema para o time paulista é que o Atlético ficou atento para aproveitar o primeiro vacilo. Em um passe mal feito para trás dos tricolores, Guerrón foi mais rápido que Miranda, invadiu a área em diagonal pela direita e chutou forte, cruzado, para superar Rogério Ceni.
O Tricolor ainda voltou a buscar o ataque até o fim da etapa, mas não conseguiu levar mais perigo à meta paranaense. No intervalo, Carpegiani sacou Casemiro para a entrada de Marlos, e o São Paulo foi mesmo para o ataque.
Assim, aos cinco minutos, Dagoberto cobrou falta para a área, a defesa parou e Miranda cabeceou para marcar o segundo gol são-paulino. E o Tricolor quase ampliou com uma excelente jogada. Marlos recebeu pela direita, invadiu a área e deu uma cavadinha para a segunda trave, onde estava livre Ricardo Oliveira, que emendou um chute de primeira, para fora.
Sem alternativa, Sérgio Soares tentou dar mais velocidade ao Atlético, com a entrada do jovem Edgar na vaga de Claiton. E o Furacão levou perigo com Paulinho, que chutou com liberdade de dentro da área e exigiu excelente defesa de Rogério Ceni.
Sérgio Soares ainda buscou mais chances para seu time com as entradas de Marcelo e Nieto nas vagas de Deivid e Guerrón, mas sem conseguir êxito. O Tricolor, por sua vez, respondeu em cabeceio livre de Ricardo Oliveira, que exigiu ótima defesa de Neto. O time de Carpegiani, então, conseguiu segurar bem o placar para desbancar o adversário na classificação.