A vitória sobre o Figueirense na última quarta-feira recolocou o São Paulo no G4 após nove rodadas de ausência. Ainda buscando regularidade na competição, o Tricolor volta a campo às 21 horas (de Brasília) deste sábado para receber o Goiás no Morumbi. Podendo ganhar corpo na corrida pelo título, o hexacampeão tenta pressionar os líderes do Campeonato Brasileiro.
A rodada anterior foi amplamente favorável. O São Paulo foi beneficiado por quatro tropeços dos concorrentes e ganhou uma série de posições para adentrar à zona de classificação para a Libertadores. Mas só a ajuda alheia dificilmente bastará para manter o Tricolor no atual posto, visto que um escorregão poderia colocar toda a evolução da rodada anterior a perder.
“Devemos aproveitar a chance de emendar uma série de vitórias não só neste momento, mas em outros que virão”, receita Wesley, meio-campista que deve ser titular neste sábado. “Teremos uma sequência boa para tentar somar muitos pontos e colocar a nossa cara de vez dentro da competição.”
Por enquanto, “a cara” do São Paulo ainda é a inconstância. Já tem um mês que a equipe não embala duas vitórias seguidas e o mau desempenho longe de casa (três vitórias em nove jogos) a impede de se mostrar entre as favoritas ao título. O técnico Juan Carlos Osorio tenta resolver seus problemas com o rodízio, estratégia que é uma de suas marcas registradas.
Rogério Ceni tem “pouquíssimas chances” de jogar neste sábado, segundo Osorio. O substituto é Renan Ribeiro, que ganha titularidade como o meia Michel Bastos. O defensor Rodrigo Caio, recuperado de lesão no joelho, está à disposição. Por fim, Luis Fabiano é desfalque certo por ter cortado o pé durante a semana e deixa lugar para Centurión.
Com 31 pontos, o São Paulo ocupa a quarta colocação e pode fechar o turno a três pontos da liderança caso os resultados de terceiros sejam favoráveis. A favor do Tricolor está o péssimo retrospecto do adversário fora de casa: são sete tropeços seguidos do Goiás longe do Serra Dourada.
Figurando na 18ª colocação com 16 pontos, o Esmeraldino é um dos que arranca os cabelos na zona de rebaixamento. Das três vitórias que conseguiu, apenas uma foi alcançada nas últimas 15 rodadas. O desempenho foi tão ruim que gerou duas trocas de técnico neste período, mas o atual responsável, Julinho Camargo, tem conseguido arrumar a equipe aos poucos ainda que a duras penas. Apesar de não vencer, o time pelo menos acumula três empates seguidos.
Apontada como principal problema, a crônica falta de gols (são 13 no Nacional, a quarta pior marca) não é motivos para broncas do treinador, mesmo que os placares dos últimos dois jogos tenham sido 0 a 0. “O processo de culpa não é do atleta ou do pessoal da frente. É de todo mundo, e eu me incluo nesta situação”, explica. “Trabalhamos muito para dar ferramentas ao atleta e ele decidir melhor, mas estamos com essa dificuldade. É muito clara”, admite.
Bom para o São Paulo que o setor ofensivo rival não é dos melhores, visto que o entrosamento da defesa ainda não é o ideal. Entre táticas e peças diferentes, a zaga tricolor sempre foi diferente nos últimos cinco jogos. Como Luiz Eduardo foi expulso na quarta-feira, a tendência se repete na última rodada do primeiro turno.