O São Paulo melhorou bastante no segundo tempo e conseguiu uma merecida vitória sobre o Oeste de Itápolis, neste sábado, no estádio do Morumbi. Diante de um adversário com muitas dificuldades técnicas, o Tricolor ainda conseguiu enervar sua torcida ao sair atrás, perder outro pênalti na temporada e desperdiçar algumas chances de gol, mas os tentos “sem querer” de Hudson e Maicon foram suficientes para superar Cristiano, que abriu o placar.
Com o resultado, os comandados de Edgardo Bauza, que somam 22 pontos, agora buscam alcançar o Osasco Audax, líder do Grupo C, com 24. Para isso, precisam vencer o São Bento, fora de casa, na última rodada, e torcer para o time da Grande São Paulo perder do Santos, na Vila Belmiro. A classificação, porém, só será assegurada caso a Ferroviária não vença o Botafogo-SP neste domingo, em Araraquara.
O Oeste, por sua vez, terá de se contentar com o rebaixamento para a Série A2 do Estadual. Com apenas 12 pontos conquistados, o time já não pode mais alcançar os primeiros times fora da zona de rebaixamento. Na última rodada, só cumprem tabela diante do XV de Piracicaba, outro que briga contra o descenso.
Mais do mesmo em 2016
O Tricolor jogou o primeiro tempo como se estivesse em um voo de cruzeiro, quando os pilotos adotam o modo automático. Mesmo longe de estar tranquilo no Campeonato Paulista ou em boa fase, os jogadores do time da casa não souberam fazer do Morumbi um lugar incômodo para o Oeste. Sem movimentação, as chances foram escassas e o contragolpe dos rubro-negros parecia questão de tempo.
Aos 23 minutos de bola rolando, a primeira chance real apareceu. Novamente pelo lado esquerdo, Mena e Daniel venceram a marcação pela insistência e o meia deixou o lateral em boas condições dentro da área. Equilibrado, o chileno ajeitou para o pé esquerdo e chutou forte, buscando o ângulo esquerdo, mas só acertou a rede pelo lado de fora.
Porém, aos 44, uma bela troca de passes do Oeste, a primeira em todo o jogo da equipe do interior, abriu o placar. Mazinho descolou belo passe para Fernandinho invadir a área e o lateral, com calma, levantou a cabeça e cruzou na segunda trave. Maurinho não alcançou, mas Cristiano, livre de marcação, tocou de pé direito e empurrou para a rede, para desespero do goleiro Denis.
Agindo como se tivesse sido acordado com a desvantagem, o São Paulo chegou muito perto de empatar ainda antes do intervalo, mas nem Ganso nem Daniel conseguiram vencer o exército de zagueiros que se postou embaixo da trave do Oeste. Michel Bastos cruzou fraco, o goleiro Leandro Santos soltou para o meio da área. O camisa 10 chutou e Brinner rebateu. Na sobra, Daniel tentou cruzado, mas Matheus apareceu para cortar.
Sem ordem, mas com vontade
O retorno para a etapa final mostrou um time totalmente diferente dos primeiros 45 minutos. Kelvin no lugar de Daniel foi uma alteração previsível, mas conseguiu surpreender o sistema defensivo do Oeste. Com toques mais rápidos, o time da casa conseguiu chegar mais vezes à linha de fundo e entrar na área adversária em condições de finalizar.
Após chances peredidas por Maicon e Calleri, no entanto, foi num lance de sorte que o empate veio. Bruno cruzou mal pela direita, a bola quicou antes de entrar na área e Hudson bateu com o joelho nela. O “golpe” do volante acabou fazendo a redonda subir bastante e, apesar de não ter essa intenção, encobriu o goleiro Leandro e caiu no canto direito do arqueiro.
Ajudado pela dificuldade técnica do adversário, que não conseguia ficar com a bola, o Tricolor se manteve no campo de ataque e não deu espaço para o Rubrão respirar. Quase que naturalmente, depois de tanto volume de jogo, Ganso achou Calleri no ataque e o argentino foi derrubado pelo goleiro. Festa da torcida, mas o aproveitamento da temporada parecia já alertar os torcedores.
Pênalti não é o caminho
Quando parecia que o São Paulo findaria sua seca nos pênaltis e arrancaria com tranquilidade para a vitória, o pior aconteceu. Maicon, zagueiro, foi o escolhido para bater e tentar um chute forte. Leandro, o goleiro, estava “grogue” devido a uma joelhada sofrida no queixo no lance do pênalti. Mesmo praticamente dormindo momentos antes, no entanto, o arqueiro foi buscar chute colocado do defensor e evitou o quinto pênalti do São Paulo no ano, de seis cobrados.
Depois, porém, o jogo reservou ao zagueiro uma chance de se redimir. Em mais uma jogada pelo lado, Mena cruzou e Lucas Fernandes bateu de voleio. A bola não saiu tão forte, mas o bastante para Leandro dar rebote e Maicon, quase embaixo da trave, empurrar a bola para a rede.