Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do São Paulo, foi categórico quando questionado na tarde desta sexta-feira sobre a situação de Ricardo Centurión. O clube ainda não liberou o atacante para acertar com o Boca Juniors em função de uma discordância na parte financeira da transação. A afirmação do mandatário foi feita em uma conversa informal, enquanto Leco deixava o campo onde André Jardine estava comandando seu primeiro treino após a saída de Edgardo Bauza.
Leco evitou se alongar, mas confirmou que, por ora, Centurión segue à disposição da comissão técnica, que fará a avaliação sobre o aproveitamento ou não do jogador enquanto seu futuro não se define de uma vez por todas.
A Gazeta Esportiva apurou que o único entrave da negociação é o fato do São Paulo se recusar a arcar com o pagamento de parte do salário do avante, o que, segundo pessoas ligadas ao clube argentino, já estava acordado anteriormente. Além disso, o Boca desembolsaria 400 mil dólares (aproximadamente R$ 1,2 milhão) pelo empréstimo de um ano, com valor de compra fixado em 6,4 milhões de dólares (cerca de R$ 20 milhões) após esse período. Centurión tem contrato com o São Paulo até dezembro de 2019 e custou pouco mais e R$ 13 milhões ano passado.
O atleta argentino pediu para não enfrentar o Atlético-MG e cobrou publicamente o cumprimento da palavra dos dirigentes são-paulinos. Com a esperança de voltar à Buenos Aires e jogar no seu clube de coração, Centurión já até se manifestou sobre a possibilidade de formar dupla com Carlitos Tevez. Nesta sexta, inclusive, o técnico dos xeneizes, Guillermo Barros Schelotto, falou com otimismo sobre o eventual reforço.
“Não sei em que situação está realmente. Tomara que Centurión venha, porque é um jogador que pode nos dar muitas possibilidades no meio e no ataque. Creio que é uma opção muito boa para nós”, afirmou o ex-jogador, que também aguarda uma definição do caso ainda essa semana.