O São Paulo precisou de calma neste domingo, no Morumbi, para superar a retranca do Náutico e fazer a festa da sua torcida. O Tricolor Paulista venceu por 5 a 0 – Dagoberto, Rogério Ceni (pênalti), Hugo (2) e Aloísio – e segue tranqüilo na liderança isolada do Campeonato Brasileiro.
Este foi o 11º primeiro jogo sem derrota do Tricolor, que chegou a 44 pontos, seis a mais do que o vice-líder, o Cruzeiro. O Náutico segue com apenas 20 pontos, na zona do rebaixamento.
Apesar de ter sofrido bastante no primeiro tempo sem gols, o São Paulo encontrou alternativas para furar o bloqueio adversário, fazendo com que seus zagueiros avançassem ao ataque quando sentissem liberdade na etapa final. Esta foi a maior goleada do time de Muricy Ramalho neste Campeonato Brasileiro. Até então só tinha conseguido fazer três gols em uma mesma partida contra o Juventude e o Sport.
O Tricolor conseguiu vingar a derrota sofrida no primeiro turno, por 1 a 0, nop estádio dos Aflitos. Além de ter vencido o time do Morumbi, o Náutico também bateu Santos e Corinthians, fora de casa, na primeira fase do Brasileirão.
O jogo começou equilibrado e, apesar de dar bastante atenção à marcação, o Náutico procurou surpreender no ataque em alguns momentos. Em seus domínios e dono de um time mais talentoso e melhor montado, o São Paulo manejava bem a bola e esperava o um bom momento para atacar.
A retranca armada pelo time de Recife foi grande e o Tricolor encontrava dificuldade para encontrar uma brecha. Borges protegeu a bola e se desentendeu com Onildo.
Com o Náutico retraído, o Tricolor avançava com seus zagueiros e procurava não se desconcentrar. Apesar das poucas chances criadas, o time paulista seguia trocando a bola com calma, como se o gol fosse sair a qualquer momento.
Aos 29 minutos, a melhor jogada do Tricolor. Leandro dominou bonito pela direita e cruzou com rapidez. Borges dividiu com o goleiro e perdeu gol incrível.
A partida ficou mais corrida. Miranda driblou no ataque e ficou pedindo pênalti, após ter sido tocado dentro da área. O árbitro Wagner Tardelli estava muito perto do lance e mandou seguir o jogo.
Sidny, que já havia arriscado um chute perigoso de longe, voltou a aparecer em jogada bem trabalhada. O ala do Náutico chutou, mas Rogério Ceni fez grande defesa para salvar o São Paulo. Minutos depois, Hamilton quase marcou para o time do Recife em cobrança de falta.
Após o intervalo, o São Paulo voltou com mais ímpeto em busca do gol. Mesmo sem ângulo, Richarlyson deu uma bicicleta e assustou o goleiro Eduardo.
Aos 9 minutos, Acosta foi expulso por ter empurrado Souza no meio-campo, causando um princípio de confusão. Enquanto a torcida pedia a escalação de Aloísio, o gol do São Paulo saiu.
Hernanes enfiou bonita bola para a entrada de Breno nas costas da defesa. O zagueiro cruzou para Borges na medida, Eduardo espalmou e Dagoberto pegou o rebote livre para abrir o placar, aos 11 minutos: 1 a 0.
A pressão prosseguiu. Richarlyson, que fez ótimo segundo tempo, cruzou para Souza que foi atropelado pela zaga na hora de cabecear: pênalti. Aos 19 minutos, Rogério Ceni cobrou forte e definiu a partida em favor do Tricolor.
Com um homem a mais em campo e a vibração da torcida, o São Paulo teve facilidade para aumentar seu saldo de gols. Jorge Wagner cobrou seu já famoso escanteio. Hugo entrou livre e marcou de cabeça: 3 a 0.
A torcida gritava olé, quando, aos 29 minutos, depois de ter feito longo aquecimento, Aloísio entrou fez um gol impressionante. Ele matou no peito, deu três toques na bola, sem deixá-la cair no chão, e girou em cima do zagueiro, batendo forte no canto: 4 a 0. Nos acréscimos, Hugo marcou mais um, após cobrança de escanteio de Souza.
Embalado, o São Paulo volta a jogar na quarta-feira contra o Palmeiras em ascensão, no Palestra Itália. Na quinta-feira, o Náutico vai até São Januário para medir forças com o Vasco