São Paulo e Cruzeiro se enfrentaram no início da noite deste sábado, no Morumbi, em jogo válido pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro, mas as cabeças das duas equipes estavam em outras competições. O Tricolor não esconde de ninguém que sonha com o confronto contra o Tigres, pela Libertadores da América, enquanto o Cruzeiro espera passar pelo Paulista, pela Copa do Brasil, para continuar sonhando com o título da competição.
Com tamanha divisão de foco, o resultado não poderia ter sido outro: empate. O São Paulo começou desatento, levou um gol logo aos 45 segundos de partida, mas melhorou, e alcançou o empate ainda na etapa inicial, através de um pênalti duvidoso, convertido pelo capitão Rogério Ceni, aos 43 minutos.
Com o resultado, o Tricolor chegou a oito pontos na tabela, enquanto a Raposa subiu para 11. Os dois times voltam a atuar pelo Brasileirão daqui a duas semanas, já que no próximo domingo não haverá rodada devido aos jogos da seleção pelas Eliminatórias da Copa.
No dia 11 de junho, sábado, o Cruzeiro recebe a Ponte Preta, no Mineirão. No dia seguinte, o São Paulo encara o Paysandu, no Mangueirão, em Belém.
Na próxima quarta, o Tricolor volta ao Morumbi para encarar o Tigres, pelas quartas-de-final da Libertadores, mesma data em que o Cruzeiro receberá o Paulista, no Mineirão, para tentar chegar à final da Copa do Brasil.
O jogo: A bola mal começou a rolar e o São Paulo já teve de começar a correr atrás do resultado. Em uma jogada que começou com Athirson, a bola chegou para Weldon, que cruzou para a área. Fred ajeitou para trás e Adriano chutou duas vezes antes de vencer Rogério Ceni, que nem se mexeu: 1 a 0 Cruzeiro, com 45 segundos de jogo.
Após o gol relâmpago, o time mineiro, que tem como qualidade principal o toque de bola, criou outras chances para ampliar, com Lopes, de fora da área e Wendon, de cabeça, assustando o capitão Rogério Ceni.
O São Paulo, mesmo perdido em campo, resolveu partir para o jogo, mas apesar do domínio territorial, sofreu com a desorganização, e não conseguiu levar muito perigo ao goleiro Fábio durante a etapa inicial.
A primeira chance do primeiro tempo veio somente aos 38 minutos do primeiro tempo. Em cobrança de falta pela direita, Lugano subiu mais do que a zaga, raspou a cabeça e tirou tinta do poste direito do goleiro Fábio.
Na base da pressão, o Tricolor chegou ao empate antes do intervalo. Em bonita tabela entre Fabão e Cicinho, o zagueiro rolou para a batida de Marco Antônio. A bola bateu na mão do zagueiro Marcelo Batatais e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, aos 43 minutos, Rogério Ceni encheu o pé e colocou a igualdade no placar.
Na saída para o vestiário, o cruzeirense reclamou da marcação. “A bola bateu em mim, e se bateu em mim não foi pênalti”, simplificou, irritado com o lance que originou o empate são-paulino. Já o goleiro artilheiro, comemorou: “Bati de uma forma boa e dificultei a ação do Fábio”.
Equilíbrio: A etapa final começou bem movimentada, e, ao contrário do primeiro tempo, o São Paulo também estava ligado. O Cruzeiro teve a primeira chance, com Fred, cobrando falta, e o Tricolor respondeu com boa jogada de Cicinho, que por pouco não encontrou o estreante Roger sozinho na área.
Aos 14 minutos, o Cruzeiro teve a grande chance para marcar. Athirson lançou, Lopes se livrou da marcação de Lugano e encheu o pé direito, mas Rogério Ceni fez excepcional defesa, garantindo a manutenção do empate.
Em mais uma resposta imediata, Cicinho puxou o contra-ataque, fez boa trama e bateu forte. Fábio rebateu e Marco Antônio, de voleio, mandou longe do gol cruzeirense. Na seqüência, deixou o campo para a entrada do lateral-direito Michel.
A vitória são-paulina por pouco não se confirmou em duas jogadas polêmicas. Aos 26, o árbitro ignorou um empurrão de Athirson em Souza na entrada da área e marcou apenas escanteio. Logo na seqüência, após cobrança de falta, a defesa fez a linha de forma burra e Lugano cabeceou em condição legal, mas a bola bateu no pé da trave, deixando o grito de gol preso na garganta dos poucos torcedores tricolores.
Nos minutos finais, o Cruzeiro tocou a bola no campo de ataque, mas não conseguiu finalizar, enequanto o São Paulo criou uma boa chance em um contra-ataque iniciado por Roger, que Alê estragou. Com isso, o placar, justo, acabou mesmo em 1 a 1.