O São Paulo está de volta ao grupo dos quatro melhores times do Campeonato Brasileiro. Na noite desta quarta-feira, a equipe comandada por Juan Carlos Osorio contou com gols de Alexandre Pato e Rogério Ceni para vencer o Figueirense por 2 a 0 no Orlando Scarpelli e subir na tabela de classificação.
A terceira vitória como visitante na competição fez o São Paulo passar a computar 31 pontos e dar um grande salto até o terceiro lugar. Ainda que o Grêmio (30) derrote o líder Atlético-MG na quinta-feira, portanto, o time paulista não deixará o G4.
Já o Figueirense ficou à beira da zona de rebaixamento com a derrota, ainda com 20 pontos ganhos. Na próxima rodada, tentará se reabilitar diante do Fluminense, na tarde de domingo, no Maracanã. Na noite anterior, o São Paulo voltará ao Morumbi para enfrentar o Goiás.
O jogo – Osorio gostou das alterações que fez no decorrer do empate com o Corinthians, na rodada passada. Auro, Wesley e até Breno (ainda em recuperação física após os quatro anos de inatividade), que entraram no segundo tempo do clássico, foram titulares em Florianópolis. E, a princípio, não fizeram o técnico se arrepender de suas escolhas.
Com bom volume de jogo, o São Paulo não demorou a abrir o placar diante do Figueirense. Alexandre Pato recebeu passe da esquerda para o meio de Paulo Henrique Ganso, girou o corpo na meia-lua e soltou o pé para acertar o canto do gol defendido por Alex Muralha.
O São Paulo não recuou após abrir vantagem. Ao contrário. Conseguiu ampliar aos 26 minutos. Mostrando vigor físico para aparecer dentro da área adversária, o agora volante Breno chutou a bola com força e acertou o braço esquerdo de Marcão. O árbitro Anderson Daronco (ao contrário de Leandro Vuaden no domingo) anotou o pênalti. Rogério Ceni se apresentou para a cobrança e conferiu.
A apatia do Figueirense diante das adversidades irritou Argel Fucks. O técnico do time da casa resolveu sacar Fabinho e promover a entrada de Carlos Alberto. Com passagem pelo São Paulo, o veterano meia logo chamou a atenção dentro de campo – mas por trocar tapas no rosto (amistosos) com Luis Fabiano.
O São Paulo, portanto, não teve muito com o que se preocupar até o final do primeiro tempo. A não ser por Ceni, que passou a sentir forte incômodo na virilha e não quis nem mais repor a bola em jogo, deixando a missão para os seus companheiros de linha.
Na etapa complementar, o Figueirense retornou disposto a dar mais trabalho para o goleiro são-paulino. Marquinhos não fugiu de um desentendimento com Luis Fabiano logo aos dois minutos. E, no ataque, Carlos Alberto tentou usar a sua experiência para fazer a equipe catarinense ganhar espaços.
Aos 12 minutos, o primeiro susto no São Paulo veio com Rafael Bastos, que arrancou da intermediária, livrou-se de três marcadores e bateu firme. Ceni espalmou. Já em seguida, Osorio tratou de dar mais consistência defensiva à sua equipe com a troca de Wesley por Hudson.
A alteração surtiu efeito. Aos 15, o São Paulo ficou próximo do terceiro gol com um bom cruzamento da direita de Auro, que Luis Fabiano cabeceou no canto. Alex Muralha fez grande defesa.
O lance foi o último de Luis Fabiano na partida. Substituído por Carlinhos, o centroavante aumentou a lista de insatisfações com decisões de Osorio e esbravejou alguns palavrões enquanto deixava o gramado. Breno, ao contrário, cedeu o seu posto feliz para o quase xará Bruno.
No Figueirense, as últimas apostas de Argel foram Sueliton e Bruno Alves nas vagas de Marquinhos Pedroso e Marquinhos, lesionado. As esperanças foram mais renovadas, contudo, por Luiz Eduardo, que deu um carrinho em Rafael Bastos e acabou expulso. O que não fez a equipe mandante descontar no marcador.