Virou questão de honra para o São Paulo eliminar o Boca Juniors. Por isso, o time brasileiro promete usar todas as suas energias no confronto desta quarta-feira, às 21h45, no Morumbi, para garantir vaga nas quartas-de-final da Copa Sul-americana – contra Colo Colo (Chile) ou Millonarios (Colômbia) – e dar o troco da derrota do ano passado na decisão da Recopa.
“Será um jogo de mais pegada, atenção. Você precisa ficar atento nos 90 minutos para sair de campo com a classificação”, disse o meia-atacante Leandro, fazendo uma previsão sobre o clima que será encontrando em campo diante dos argentinos. “Temos que parar o Boca igual fizemos com o Chivas ano passado na Libertadores, quando perdemos duas na fase de classificação e depois demos o troco”, completou.
Além disso, elenco e comissão técnica do São Paulo estão convencidos de que o título da Copa Sul-americana pode trazer benefícios ao clube no cenário internacional. A própria diretoria deixou claro ao técnico Muricy Ramalho que fazia questão da presença do time titular contra o Boca Juniors, independente da luta pelo título no Campeonato Brasileiro. “As pessoas não têm uma boa visão dessa competição, mas a Sul-americana é como se fosse a Copa da Uefa na Europa. Hoje, não temos uma prioridade”, avisou Leandro.
Como perdeu por 2 a 1 na semana passada em Buenos Aires, o São Paulo necessita apenas de um placar mínimo diante do campeão da Libertadores: 1 a 0. Se ganhar de 2 a 1, a decisão vai para os pênaltis. Qualquer outra vitória tricolor por um gol de diferença garante o Boca Juniors na próxima fase.
Desta forma, os são-paulinos admitem, mais do que nunca, a importância de se defender bem nesta quarta-feira. No Brasileirão, o time levou apenas oito gols em 27 partidas no Brasileirão. Só que, na Sul-americana, a média é bem pior: cinco gols sofridos em somente três apresentações.
“Tem que saber jogar com o regulamento embaixo do braço. Não precisa fazer cinco gols, apenas um é suficiente”, lembrou Leandro. “Temos que ser cautelosos em campo. Devemos lembrar que não podemos levar gols de forma alguma”, emendou o volante Hernanes.
Na opinião dos são-paulinos, o Boca, mesmo sem obrigação da vitória, também vai procurar o gol no Morumbi. Afinal, o campeão da Libertadores conta com uma arma perigosa: as jogadas aéreas em direção ao grandalhão Palermo, autor dos dois gols argentinos no jogo de ida. “Vamos enfrentar um time que também sabe jogar”, reforçou Leandro.
Em busca do gol salvador, o São Paulo ganha um reforço importante. O meio-campista Souza se recuperou de uma lesão no tornozelo esquerdo e deve jogar. Além disso, Muricy Ramalho vai escolher três entre quatro zagueiros do elenco (Alex Silva, Breno, Miranda e André Dias), responsáveis pela melhor defesa do Campeonato Brasileiro.
Ausência importante: O Boca Juniors terá uma mudança em relação ao confronto de ida contra o São Paulo. Na última rodada do Campeonato Argentino, o atacante Rodrigo Palacio sofreu um corte no joelho após chocar-se com uma placa de publicidade e acabou vetado pelos médicos. Seu substituto será Mauro Boselli, autor de um dos gols no empate do final de semana contra o Gimnasia Jujuy.
Portanto, o veterano Palermo será novamente a grande arma ofensiva do time argentino. Com 169 gols, o centroavante precisa de mais 11 para se tornar o maior artilheiro da história do Boca Juniors. Ele elogia seu novo companheiro de ataque. “O Boselli tem um futuro promissor e deve aproveitar as chances que aparecem”, afirmou o camisa nove argentino.