Depois de idas e vindas, com a forte investida do Grêmio ameaçando a concretização do negócio, o São Paulo aceitou pagar R$ 23,8 milhões, valor destinado ao Santos nos 45% dos direitos econômicos do meia Paulo Henrique Ganso, e deve ficar com o jogador. O Tricolor Paulista , que relutou bastante em dispor de tamanha importância financeira, não deverá contar com a ajuda do grupo DIS para fechar essa operação.
Agora, os são-paulinos aguardam a confirmação do Peixe no que diz respeito a liberação do camisa 10 para o time do Morumbi, o que deve ocorrer até segunda. Quando todos os detalhes forem amarrados pelas partes envolvidas, o anúncio oficial de Ganso poderá ser realizado.
Vale destacar que a vontade do atleta foi decisiva para que a negociação com o São Paulo tivesse tal desfecho. Os gremistas tentaram atravessar a transação, chegaram a dar garantias à cúpula santista de que pagariam a multa e, ainda por cima, combinaram salários com o grupo DIS. Entretanto, a proposta de trabalho do Tricolor Paulista foi determinante para que Paulo Henrique Ganso optasse por defender o rival do time da Vila Belmiro.
A vontade do meio-campista foi um alívio para os dirigentes do clube paulistano, que apesar de terem estabelecido um acordo com Paulo Henrique Ganso, estavam preocupados com o crescimento da equipe gaúcha nas negociações.
Entenda o caso – O atleta e o Santos têm divergências sobre o contrato de Ganso desde o final de 2010, quando o meia ainda se recuperava de uma cirurgia no joelho. Paulo Henrique Ganso não se sentia totalmente valorizado pela direção do Peixe e, no início de 2011, externou tal desejo. Na época, Inter de Milão e Milan, ambos da Itália, eram os principais interessados. O Corinthians também chegou a ser especulado como o seu possível destino.
De lá para cá, com algumas interrupções, as polêmicas se mantiveram e as trocas de farpas entre o jogador e o presidente santista, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, se tornaram cada de mais constantes.
O ponto alto da crise foi a "chuva de moedas" recebida pelo meio-campista, após a derrota para o Bahia, por 3 a 1, no dia último dia 29, na Vila Belmiro. Na ocasião, torcedores também seguiram Ganso até o CT Rei Pelé, onde foi buscar o seu automóvel, e seguranças tiveram que ajudá-lo a sair do local. No muro do CT, frases pedindo que ele deixasse o clube foram pichadas.
Com a permanência do camisa 10 cada vez mais difícil, Paulo Henrique Ganso apontou uma nota oficial assinada por Luis Álvaro como estopim para a ira da torcida. Por isso, o meia decidiu rever a sua posição de não deixar a equipe.
Sendo assim, mesmo com o Peixe apresentando uma nova oferta de reajuste salarial, Ganso optou por dar preferência ao São Paulo, que já tinha apresentado duas propostas oficiais pelo seu futebol, mas ambas tinham sido recusadas pela cúpula alvinegra.