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Santos vence mas é o Grêmio que está na final da Libertadores

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O Santos lutou bastante, superou a ausência de um goleador experiente em seu elenco, mas perdeu, por muito pouco, a chance de avançar na Copa Libertadores. Nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, o time da casa fez jus ao apelido de time da virada, mas ela foi insuficiente no cômputo geral. Os santistas venceram por 3 a 1, mas acabaram sendo desclassificados por não terem conseguido marcar gols no estádio Olímpico, onde tinham sido derrotados, por 2 a 0, na semana passada
Apesar de não ter feito um grande jogo e recuado demais, o Tricolor Gaúcho provou que ninguém reverte facilmente uma vantagem de três gols contra uma equipe que leva o apelido de ‘Imortal’. Agora, o time de Porto Alegre espera, em sua quarta final de Libertadores, o vencedor de Boca Juniors e Cucuta.

Diego Souza abriu o placar para o Grêmio no primeiro tempo e, somando a vitória no Rio Grande do Sul, deixou sua equipe vencendo por 3 a 0 a partida de 180 minutos. Depois, o garoto Renatinho correspondeu às apostas de Wanderley Luxemburgo. O jovem talento (2) e Zé Roberto marcaram os gols santistas, que não foram suficientes para levar o Peixe à final.

A pressão santista foi forte desde os minutos iniciais e o Grêmio, assustado, encontrava dificuldades para sair com a bola. O Peixe marcava firme no campo de ataque e dava trabalho.

A posse de bola foi um privilégio santista, mas, com o passar dos minutos, o ritmo dos donos da casa foi caindo. Apesar de atacar muito mais do que o adversário, o time paulista não conseguia chutar em gol, dependia muito das cobranças de escanteio e logo os contra-ataques gremistas começaram a ser mais efetivos.

Mostrando que a tradição conta bastante na hora da decisão, o Grêmio não perdoou a desatenção adversária. Estava claro que reverter em cima do time gaúcho não seria tão fácil quanto havia sido no Paulistão, contra o São Caetano.

Na primeira grande bobeada santista, aos 23 minutos, o Tricolor dos Pampas desarrumou todo o planejamento de Wanderley Luxemburgo. Diego Souza recebeu a bola e bateu forte, de fora da área. A Vila Belmiro emudeceu por alguns instantes.

Revoltados, alguns torcedores chutaram as grades que dividem os setores das arquibancadas e pareciam não acreditar que bola tinha mesmo estufado as redes de Fábio Costa. Agora, para ficar com a classificação, o Peixe precisaria fazer quatro gols.

As emoções estavam à flor da pele. Aos 41 minutos, o Santos chegou a empatar a partida em bola dividida pelo alto entre Domingos e William, mas o bandeira Nicolas Yegros anulou a jogada. As grades de proteção da Vila levaram mais uma surra dos inconformados torcedores, que não quiseram nem saber se a marcação do paraguaio havia sido certa ou errada.

Dentro de campo, os jogadores também trocaram empurrões. O tumulto começou quando Sandro Goiano deu tapa em Renatinho. Fábio Costa correu até o meio-campo, mas, em vez de discutir, separou os mais exaltados. O gremista levou apenas cartão amarelo.

Antes do apito do árbitro, nos acréscimos, o Santos conseguiu finalmente empatar e ganhar ânimo para o segundo tempo. Renatinho encheu o pé e fez um gol com raiva: 1 a 1. A emoção foi tanta, que até o operador do placar eletrônico se enganou, creditando o gol para Cléber Santana

No intervalo, nova confusão. Wanderley Luxemburgo reclamou muito com a arbitragem e disse que o gol do Grêmio havia sido marcado ilegalmente. Os gaúchos não gostaram da pressão e discutiram com o treinador.

O Santos se esforçava, mas ainda não estava encontrando a melhor forma de ir atrás do placar que precisava. Aos 15 minutos, já com Tabata e Moraes em campo, Renatinho voltou a aparecer em bola confusa cruzada na área. Saja espalmou nas costas do santista e a bola entrou: 2 a 1.

O gol recolocou fogo no jogo e esperança no peito das arquibancadas. “Vamos ser tri, Santos”, acreditavam. Com a força das arquibancadas, o time foi pra cima e sufocou o Grêmio, que cada vez atacava menos e não parava com a bola no pé.

Aos 31 minutos, Zé Roberto soltou a última fagulha para incendiar o alçapão da Vila Belmiro. Ele chutou com precisão, fez 3 a 1 e marcou o gol número 50 de sua carreira.

A pressão foi intensa até o último segundo, durante os três minutos de acréscimo. Porém, o quarto gol não saiu e, mesmo tendo tomado toda a iniciativa no jogo de volta, o Peixe amargou uma triste eliminação. A péssima partida realizado no Olímpico foi decisiva e deixou os gaúchos fazerem a festa na Vila Belmiro.

Satisfeita com o esforço da equipe, a torcida aplaudiu seus jogadores e se despediu da competição gritando “Santos” e cantando um dos hinos do clube. “Gritando ah, eu sou gaúcho”, a pequena torcida tricolor comemorou empunhando uma pequena placa com os dizeres: “Portaluppi es mejor que Pelé”. A brincadeira se refere a Renato Gaúcho, herói do título mundial gremista, em 1983, e campeão da Copa do Brasil nesta quarta-feira, no comando do Fluminense.

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