Caiu o líder e último invicto do Campeonato Brasileiro. Na tarde deste sábado, na Vila Belmiro, o Santos confirmou sua reação na tabela de classificação ao derrotar o Botafogo por 3 a 0, com gols de Marcos Aurélio, Rodrigo Tabata, de falta, e Moraes, todos no segundo tempo.
O resultado levou o Santos a 14 pontos, ainda dez atrás do time carioca, que se manteve na primeira colocação. Na próxima quinta-feira, o Peixe fará clássico com o Palmeiras no Palestra Itália, na tentativa de ganhar ainda mais posições. Já o Botafogo só voltará a entrar em campo no domingo, contra o Sport, na Ilha do Retiro.
Com a mesma estratégia da goleada sobre o Cruzeiro, já que Kléber Pereira ainda não está registrado na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o Santos encontrou dificuldades na armação no início da partida deste sábado. A dupla Rodrigo Tabata-Pedrinho não conseguia municiar Marcos Aurélio, isolado no ataque.
Sem o suspenso Dodô como referência na frente, o Botafogo era mais criativo que o Peixe. Lúcio Flávio se movimentava muito e facilitava o trabalho do agora titular André Lima. Mas o volume de jogo da equipe carioca também não significava chances de gol. O primeiro tempo, em geral, foi monótono na Vila Belmiro.
O Santos se abriu mais a partir dos 25 minutos. Recuperado de contratura muscular na coxa esquerda, o volante Maldonado ainda se queixava de incômodo no local durante a semana. Ele sentiu o joelho após chute de longa distância e teve de ser substituído pelo meia Vitor Júnior, reforço que chegou há pouco tempo do Sport.
A alteração obrigou Rodrigo Souto a deixar a função de líbero para compor o meio-campo. O Santos ganhou velocidade e criou suas primeiras boas oportunidades para marcar já no término da etapa inicial do confronto. Aos 42, Vitor Júnior fez boa jogada pela direita e cruzou para Pedrinho bater com veneno, mas errar o alvo.
A intenção do meia no segundo tempo era justamente chutar mais a gol. O Peixe movimentou-se bastante, trocou passes de um lado para outro e acuou o adversário no campo de defesa nos primeiros minutos, porém não fez o que Pedrinho pretendia. Nos contra-ataques, opção que lhe restava, era o Botafogo quem arriscava de longe.
Mas a insistência do Santos não demorou a surtir efeito. Aos 15 minutos, Marcos Aurélio recebeu a bola de Pedrinho, passou por Alex e chutou com força, cruzado, para as redes. O gol fez o técnico Cuca trocar Luciano Almeida por Diguinho, além de incendiar de vez os santistas nas arquibancadas e o Peixe no gramado da Vila Belmiro.
Quatro minutos depois, os torcedores ganharam motivo para fazer ainda mais festa. Rodrigo Tabata cobrou falta com perfeição, no canto direito, e ampliou a vantagem do Santos. Cuca, então, apostou suas últimas fichas em Ricardinho e Vítor Castro, que entraram nos lugares de Lúcio Flávio e Jorge Henrique.
O Botafogo melhorou, mas seus ataques esbarravam na marcação dos atletas do Santos e das vaias da torcida. No final, o técnico Wanderley Luxemburgo precaveu-se com a entrada do volante Adoniran para a posição de Rodrigo Tabata, além de ganhar tempo com Moraes no lugar de Marcos Aurélio.
Para piorar a situação do Botafogo, Juninho foi expulso por falta dura. O Santos se aproveitou para fechar o marcador. Já nos acréscimos, Carlinhos cruzou para Moraes, que voltou a balançar as redes pelo Peixe.