Novamente por meio de nota oficial publicada em seu site, o Santos recusou, nesta segunda-feira, a terceira proposta do São Paulo pelo meio-campista Paulo Henrique Ganso. O Tricolor fez a oferta de forma oficial no início desta manhã, sem revelar os valores, mas o Peixe não aceitou as condições estabelecidas e já descartou a possibilidade de negociar o jogador de 22 anos a quatro dias do fim do período de inscrições do Campeonato Brasileiro.
"Existe muito diz que diz, então toda hora se planta uma notícia diferente. Não ouvi do jogador que ele quer ir para o São Paulo, não sei onde ele quer jogar, mas vai jogar onde se sentir bem. O papel aceita tudo, só que o conjunto das frases da proposta não nos agradou. Sou um sujeito democrático, não sou dono da verdade, e defendo interesses do Santos", contou Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Peixe, que marcou presença no evento Brasil Sport Marketing.
Com contrato vigente até 2015, Ganso teria aceito uma oferta salarial do São Paulo, mas a diretoria do Santos travou o negócio na última hora. No sábado, o clube do Morumbi garantiu que pagaria os R$ 23,8 milhões exigidos pelos 45% dos direitos federativos, mas a proposta feita de maneira parcelada pode ter afastado o clube detentor dos direitos, que já abre novos caminhos.
Luis Álvaro vê com bons olhos uma possível negociação de Ganso com o Grêmio, que demonstra grande interesse no negócio: "É um grande clube, com torcida maravilhosa e seria um bom caminho pra ele. Atendidas as pretensões do Santos, ele vai para onde quiser". Eduardo Antonini, diretor de planejamento do Grêmio, está em São Paulo para negociar a contratação do jogador junto ao Santos.
O Tricolor, no entanto, ainda não desiste da negociação e deve apostar em uma oferta definitiva em reunião realizada nesta terça-feira. A única solução é o pagamento integral da parcela da multa ao Santos, que garante não ter a intenção de vender Ganso, mas reconhece que a permanência é improvável. "Eu entendo que o jogador queira sair, acabou a escravidão. Mas seria preciso que os interesses contratuais do Santos também fossem contemplados. Rejeitar talvez seja um termo forte. Declinamos de fazer o negócio nos termos em que o São Paulo propôs", concluiu Luis Álvaro.