Dorival Júnior não é mais técnico do Santos. A derrota para o Corinthians, em Itaquera, foi a gota d’água para a cúpula santista, que resolveu interromper o trabalho do treinador para buscar um novo profissional. Modesto Roma Júnior, presidente do clube, seguia com o pensamento de manter o treinador no comando da equipe, mesmo com o mau momento do time, mas acabou ficando isolado e cedeu à pressão de dirigentes, conselheiros e torcedores. Em uma reunião na tarde desse domingo, Dorival foi comunicado oficialmente e pessoalmente de sua demissão. Levir Culpi, sem clube atualmente, é um nome que agrada a diretoria do Peixe, mas ainda não houve qualquer contato.
Desde o apito final no clássico deste sábado, o clima de instabilidade e incertezas passou a pairar na Vila Belmiro. Cartolas e pessoas influentes na rotina do clube passaram a trocar mensagens e ligações e até uma reunião chegou a ser feita na Baixada Santista durante a noite para avaliar qual postura seria adotada.
No CT Rei Pelé, o elenco foi recebido com muito protesto de torcedores que aguardaram a viagem da equipe de volta a Santos. A subsede do clube na Capital Paulista também amanheceu com pichações nos muros e portões, assim como já havia ocorrido durante o Campeonato Paulista, em reflexo a uma derrota para o Palmeiras.
Dorival Júnior não tinha qualquer problema com o elenco para desenvolver seu trabalho e contava com a confiança de Modesto Roma Júnior. O que pesou foi a pressão externa, que diante dos resultados insatisfatórios na temporada, se tornou insustentável para o mandatário santista. Mesmo contra vontade, Modesto foi convencido a demitir Dorival Júnior.
Em 2017, o Peixe conseguiu 15 vitórias, quatro empates e oito derrotas sob o comando do agora ex-treinador. Apesar do Santos ser o único clube brasileiro invicto na Libertadores da América e estar classificado na Copa do Brasil, a queda nas quartas de final do Campeonato Paulista, o início ruim no Campeonato Brasileiro e principalmente o fato de não ter vencido nenhum clássico no ano culminaram para um descontentamento quase que generalizado com o trabalho que vinha sendo feito.