No primeiro tempo, Robinho passou praticamente despercebido. Na única chance que teve, ele, porém, esteve muito perto de marcar, ao acertar a trave direita de Herrera. Mas na etapa final, o camisa sete resolveu decidir o confronto e levar o Santos às quartas-de-final da Copa Libertadores da América.
Com dois gols, ele selou o triunfo do Peixe sobre o Universidad de Chile por 3 a 0, na noite desta quarta-feira, para obter a classificação. No segundo, Robinho abusou e deu um chapéu em Adrián Rojas na entrada da área, antes de ser derrubado na área e cobrar o pênalti com perfeição.
Desta forma, o camisa sete rompeu o tabu de quatro jogos sem marcar e tornou-se o artilheiro de um time brasileiro na Libertadores, com seis gols. “Conseguimos os gols para classificar e isso foi o mais importante”, comentou.
Porém, Robinho procurou não enfatizar a jogada que originou o terceiro gol. “Tive a felicidade de jogar por cima do zagueiro e consegui marcar o pênalti”, disse. Questionado se a jogada lembrava os lances de Pelé, o atacante se esquivou. “Não chego nem perto dele, o importante é que consegui ajudar meu time”, afirmou.
Apesar da modéstia, o camisa sete sabe que o lance ficará marcado em sua carreira, ao lado das pedaladas em cima de Rogério na final do Brasileiro-2002. “Claro que marca pela importância que tinha, foi uma jogada difícil e as condições eram complicadas, pois o campo estava molhado”, avaliou.
Mesmo com dois gols e o belo desfecho na Vila, Robinho acredita que ficou devendo nesta noite. “Não estou satisfeito com a partida que fiz hoje (quarta-feira). Perdi um gol que o Bóvio me deixou na cara e tenho de trabalhar sempre para melhorar”, comentou, antes de deixar o Centro de Imprensa da Vila e ser novamente muito assediado pela torcida.