O Santos voltou a pecar nas finalizações, assim como na derrota para o São Paulo, não passou de um empate sem gols com o Cúcuta, na Colômbia, no início da madrugada desta quinta-feira. A estréia do Santos na Copa Libertadores marcou também as primeiras aparições de Molina e Quiñonez no time titular.
Ainda sem saber quando contará com outros dois estrangeiros, Trípodi e Pinto, agora o técnico Emerson Leão preparará sua equipe para enfrentar o Rio Preto, lanterna do Campeonato Paulista, domingo. O próximo compromisso pela Libertadores, contra o Chivas Guadalajara, na Vila Belmiro, será apenas em 4 de março.
O jogo desta quinta-feira prometia ser truncado. Os técnicos Leão e Pedro Sarmiento congestionaram os meios-de-campo de Santos e Cúcuta, isolando seus atacantes. A equipe da casa, contudo, esforçava-se para superar a forte marcação dos visitantes nos minutos iniciais, impulsionada por sua eufórica torcida.
Já o Santos criava bastante através do ala-esquerdo Carleto. Aos 16 minutos, por exemplo, ele chutou forte, sua principal característica, da entrada área, levando perigo ao goleiro Castellanos. Mas era pouco. A bola chegava pouco a Kléber Pereira, que só assustou em cabeçada no final do primeiro tempo.
Apesar da motivação do Cúcuta, o Santos já havia melhorado até então. Só não conseguia transformar volume de jogo em boas chances para chegar ao gol. Seus dois estrangeiros também sentiam o desentrosamento. Molina criava pouco na armação, enquanto Quiñonez abusava nos passes errados.
O equatoriano sequer retornou para o segundo tempo. Leão acertou ao trocá-lo pelo atacante Wesley, que incomodou a defesa do Cúcuta, pela esquerda, com velocidade logo em suas duas primeiras aparições na partida. Foi o suficiente para Pedro Sarmiento também promover uma alteração no time visitante.
Com Arriaga no lugar de Henry, os colombianos responderam à altura às investidas do Santos. O jogador há menos tempo em campo finalizou com veneno, obrigando o zagueiro Betão a dar um carrinho para tirar a bola antes que ela cruzasse a linha. Nem por isso o Peixe se intimidou e deixou de atacar.
O problema é que Wesley, embora se movimentasse bastante, não era tão acionado, assim como o time brasileiro passou a utilizar menos as jogadas pelas alas. Pior ainda quando Kléber Pereira perdeu mais um gol na semana, desta vez à frente de Castellanos, depois de errar bastante no clássico contra o São Paulo.
O centroavante até chegou a balançar as redes no final da partida, quando o colombiano Molina se soltou em campo e passou a armar o Santos com mais qualidade, porém o árbitro assinalou impedimento. Já o Cúcuta ainda esboçou pressionar os visitantes antes do apito final. Não fez o suficiente para abrir o placar.
A segunda partida do grupo 6 da Copa Libertadores, que tem agora Santos e Cúcuta igualados com 1 ponto ganho, será na próxima terça-feira, entre Chivas Guadalajara e San José, no México. A equipe boliviana cruzará o caminho da colombiana no dia 28 de fevereiro, quando jogará outra vez fora de casa.