segunda-feira, 16/setembro/2024
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Santos elimina o Palmeiras nos pênaltis e avança às semifinais

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O Santos está classificado para as semifinais do Campeonato Paulista. Após empate por 1 a 1 com o Palmeiras no tempo regulamentar, a equipe comandada por Muricy Ramalho fez 4 a 2 sobre o rival na decisão por pênaltis e confirmou a sua classificação para a próxima fase neste domingo, na Vila Belmiro. Os atacantes Kleber e Leandro desperdiçaram suas cobranças.

Apesar de ter levado alguns sustos no início da partida, o Santos assumiu o controle do clássico quando abriu o placar com Cícero, que completou um chute de Neymar após cobrança de escanteio. A partir de então, o Palmeiras foi acuado e teve reduzidas as suas chances de acertar as redes. Naquela que foi praticamente a última delas, aos 38 minutos do segundo tempo, Kleber (herói e vilão no clássico) igualou o marcador com uma bela cabeçada.

O Palmeiras agora se concentra para começar a competir nas oitavas de final da Copa Libertadores da América. O primeiro confronto com o mexicano Tijuana será já na noite de terça-feira, no Estádio Caliente. Por sua vez, o Santos terá mais tempo de preparação para o seu próximo compromisso na Copa do Brasil. Enfrentará o Joinville apenas em 8 de maio, fora de casa, pela segunda fase do torneio.

O jogo – Para se manter com chances de ser tetracampeão paulista, Muricy Ramalho baseou, mais uma vez, seu esquema em Neymar, apesar de o atacante ter sido dúvida até pouco antes da partida por dores na coxa esquerda. Mas, no início, o astro sofreu bastante para fazer sua equipe andar.

Sem Galhardo, abalado pela morte do irmão, o Peixe entrou com o volante Alan Santos fixo na lateral direita, sem passar do meio-campo para liberar a subida de Léo pela esquerda. Renê Junior comandava a saída de bola, com Arouca enfiado como um ponta direita, Cícero encostando em Montillo para armar e André como referência na frente. Todos à procura de Neymar, que não parava em campo. Mas nada disso dava certo.

Gilson Kleina deixou o volante Souza no banco de reservas para ter a movimentação incessante de Leandro e Vinicius na frente, apesar de o segredo estar no meio-campo. Charles e Ayrton se revezavam na lateral para vigiar Neymar, com Marcelo Oliveira fazendo o mesmo com Léo Gago na esquerda para anular Arouca. Márcio Araújo tirou Montillo do jogo, e Cícero ficava perdido em campo, com Wesley e Charles passando em suas costas para o ataque.

Sem permitir o encaixe da marcação adversária, graças à rápida movimentação, o Palmeiras teve chance de gol com Leandro, com espaço suficiente para obrigar Rafael a fazer boa defesa em arremate de fora da área, aos seis minutos. Aos dez, Wesley desarmou Renê Junior no círculo central e lançou Vinicius, que tabelou com Charles e cruzou rasteiro para Leandro desviar rente ao pé da trave esquerda de Rafael.

Para fazer seu time jogar, Neymar voltava até o campo de defesa, inclusive para escapar da dura marcação que sofria ao atacar, quase sempre caindo ao chão por levar entradas mais fortes. Mas bastou um momento de desconcentração do Verdão para a qualidade dos anfitriões na Vila Belmiro aparecer de maneira decisiva.

Em uma rara jogada de toques de primeira, Montillo passou para Arouca tentar encobrir Bruno na grande área. O goleiro espalmou para fora e, na cobrança de escanteio, o Palmeiras se esqueceu de Neymar, deixando o atacante dominar no peito e bater cruzado. Também livre, mas na pequena área, Cícero se esticou para colocar a bola nas redes, aos 12 minutos.

O jogo se transformou completamente após o gol do Santos. Tudo que Muricy Ramalho ensaiou se encaixou, e o Palmeiras já não acertava mais passes, perdendo a bola até mesmo na defesa. Acuada em seu campo, a equipe de Kleina ainda viu Neymar driblar toda a defesa como quis na área e só não dar assistência para André porque Marcelo Oliveira afastou quase da linha do gol. Desconcentrado, o time ainda deixou Cícero livre de novo para cabecear, mas nas mãos de Bruno, aos 19.

Na base da movimentação, os jovens Vinicius e Leandro conseguiram recolocar o Palmeiras no ataque e até envolviam a defesa adversária com suas tabelas, mas, quando olhavam na área, já não encontravam ninguém porque Wesley e Charles estavam atrás do meio-campo, impedidos de avançar pela imposição do jogo santista.

Mesmo soberano naquele momento, o Santos obedeceu Muricy e se retraiu à espera do contra-ataque, dando a posse de bola ao rival. O Palmeiras, porém, já não acertava tanto e só assustou em cobrança de escanteio que Leandro, à frente do gol, cabeceou para fora.

O Peixe, por sua vez, chegou a balançar as redes em gol contra de Henrique, em jogada anulada por falta de Neymar no zagueiro, aos 30 minutos. E ainda quase fez um golaço com Edu Dracena, que parou em grande defesa de Bruno e no travessão. O goleiro reapareceu também em falta cobrada por Neymar, para evitar um placar mais elástico antes do intervalo.

Tentando resolver os problemas do Palmeiras, Kleina concordou em arriscar tudo – “é isso aí”, ele disse – ao colocar o atacante Kleber no lugar de Léo Gago. As primeiras investidas no segundo tempo, no entanto, foram do Santos. Aos dez minutos, Cícero avançou pela direita e cruzou rasteiro. Neymar, livre de marcação, chutou em cima de Bruno – enquanto os palmeirenses reclamavam de impedimento no lance.

O Palmeiras não demorou muito a responder. Três minutos após o susto, Leandro chegou a se desvencilhar do goleiro Rafael. O atacante só não completou a jogada para o gol porque o veterano Léo teve fôlego para interceptar o chute e salvar o Santos do empate.

Logo depois de o Palmeiras chegar próximo da igualdade, Muricy resolveu entrar em ação. Sacou Alan Santos e André para as entradas de Neto e Miralles e conseguiu o que queria: esfriar o clássico, obrigando o rival (que não tinha criatividade) a rodar bastante a bola no meio-campo.

Gilson Kleina, então, gastou as suas últimas fichas. Souza e Maikon Leite (vaiado pela torcida de seu ex-clube) entraram nas vagas de Márcio Araújo e Vinícius com a missão de manter o Palmeiras vivo no Campeonato Paulista. Parecia que não daria certo, já que Neymar e Miralles tiveram uma série de oportunidades de ampliar o marcador para o Santos – e desperdiçaram todas, com chutes em cima de Bruno, da marcação ou para fora.

Aos 38 minutos, quando alguns torcedores do Santos já festejavam a classificação com provocativos gritos de “segunda divisão”, o Palmeiras chegou ao empate. Souza cruzou da direita, e Kleber cabeceou com estilo para marcar o seu primeiro gol pelo clube. Muricy Ramalho, depois de tantas chances perdidas por seu ataque, ficou desolado com a iminente disputa de pênaltis.

 

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