Bem postada em campo, a Portuguesa saiu à frente no placar e se segurou o quanto pôde, mas levou o gol no final e cedeu o empate por 1 a 1 com o Santos, na tarde deste domingo, no Canindé. Os três zagueiros rubro-verdes cederam à determinação santista nos minutos finais do segundo tempo.
Com o empate, o Santos tem quebrada a série de nove vitórias consecutivas no Campeonato Paulista, mas segue na ponta com 32 pontos conquistados em 13 rodadas. Já a Portuguesa mantém-se invicta em clássicos neste ano, chega a 19 pontos e perde a chance de colar nas primeiras posições do Estadual.
As duas equipes voltam a campo no fim de semana. O time da capital joga no sábado, novamente no Canindé, diante do São Caetano. Já o Santos retorna à Vila Belmiro no domingo para enfrentar o Palmeiras, no terceiro clássico em 15 dias – o primeiro foi contra o Corinthians, em 28 de fevereiro.
O jogo – Antes de a bola rolar no Canindé, a principal dúvida do clássico era a formação titular do Santos, que voltaria a ter Robinho. Momentos antes de o jogo começar, Dorival Junior confirmou a saída de Marquinhos, com Roberto Brum e Wesley revezando de função na lateral direita e Pará na esquerda.
Do outro lado, Vagner Benazzi, que tinha os principais jogadores à disposição, anunciou um esquema cauteloso para encarar o poder ofensivo santista: a Portuguesa começou a partida com três zagueiros (Domingos, Thiago Gomes e Preto Costa) e apenas um homem de frente, o jovem atacante Luís Ricardo.
Quando o jogo começou, a Portuguesa mostrou uma marcação bem feita, que dava liberdade para os jogadores de ataque, comandados principalmente pelo meio-campista Héverton. Com apenas três minutos do primeiro tempo, Luís Ricardo chegou com perigo na frente e chutou em cima de Felipe.
Mostrando firmeza na marcação, Domingos, Thiago Gomes e Preto Costa viram a equipe abrir a contagem aos 14 minutos. Marco Antônio recebeu de costas e, de primeira, enfiou bola para Héverton, na altura do bico esquerdo da pequena área. O meia chutou cruzado e inaugurou o marcador.
Apesar da vantagem no placar, o time da casa não passou a jogar somente na defesa. Pelo contrário: a Portuguesa manteve-se firme atrás, mas continuou insistindo no ataque, especialmente pelo lado esquerdo, o mais frágil da marcação santista, que contava ora com Wesley, ora com Roberto Brum.
Já o Santos teve um único lance de perigo na primeira etapa, três minutos depois do gol, quando Robinho aproveitou espaço pela esquerda, invadiu a área e chutou em Fábio. Dorival então pôs Marquinhos no lugar de Brum e fixou Wesley na lateral. Nada que resolvesse até o intervalo.
A mudança surtiu efeito no segundo tempo, quando o Santos ganhou o campo, enquanto a Portuguesa precisou apostar mais nos contragolpes. Com uma forte pressão já nos minutos iniciais, os visitantes testaram Fábio diversas vezes, mas o goleiro da Portuguesa trabalhava bem e salvava a meta lusitana.
O lance santista mais perigoso ocorreu aos 11 minutos da etapa final. Livre de marcação na intermediária, Neymar pôs a bola na frente e chutou firme em direção ao gol. Fábio se esticou e, com uma linda ponte, impediu que ela entrasse em seu ângulo esquerdo, espalmando pela linha de fundo.
O Santos seguiu em cima do adversário, sem muita criatividade, mas na base da determinação. Aos 43 minutos do segundo tempo, Fábio defendeu chute de Ganso, mas a bola sobrou nos pés de Zé Love, que só teve o trabalho de empurrar para o fundo da rede, empatar e fechar o placar no Canindé