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Santos e Bragantino iniciam neste sábado semifinais do Paulistão

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Dois times operários. É isso o que a torcida verá em campo a partir das 18h10 deste sábado, no Pacaembu, quando Bragantino e Santos começarão a disputar as semifinais do Campeonato Paulista. A diferença entre as equipes está na folha salarial. Enquanto os operários de Bragança recebem, todos juntos, cerca de R$ 75 mil mensais, o Peixe gasta dez vezes mais apenas com os salários de Zé Roberto e Wanderley Luxemburgo.

O habilidoso Zé Roberto, aliás, “operário” nos tempos de Portuguesa, seleção brasileira e futebol alemão, é hoje a maior estrela do Peixe, que entra em campo com status de favorito. Afinal, em 26 jogos oficiais na temporada, o Alvinegro da Baixada venceu 23, empatou dois e perdeu apenas um, para o modesto São Bento. “Quero fechar essa boa fase no Santos com um título. Estamos no caminho certo tanto no Paulista como na Libertadores, mas não ganhamos nada ainda”, avisa o meia.

A campanha quase irretocável na temporada, no entanto, não faz os santistas entrarem no clima do “já ganhou”. Às vésperas da decisão, a ordem é tomar cuidado com as palavras e mostrar respeito ao adversário. “Vamos precisar de muita atenção nesses dois jogos, pois o Bragantino fez uma boa campanha e é um time forte. Tive a oportunidade de ver vários jogos deles e sei que não teremos facilidades”, discursou o meia Cléber Santana, bem orientado por Wanderley Luxemburgo.

O Bragantino, por sua vez, traz como destaque o técnico Marcelo Veiga, “aprendiz” de Luxemburgo e que, assim como o mestre, irritou a torcida nos tempos de lateral-esquerdo, mas mostra competência como treinador no mesmo time que serviu de celeiro para o agora comandante santista.

Ousado, Veiga deixa a modéstia de lado e avisa que sua equipe entrará em campo disposta a surpreender o favorito Santos. “Não chegamos até aqui à toa. Já passei ao meu grupo a importância da vaga, mas o objetivo é ser campeão. Isso é possível”, afirma o treinador, sonhando repetir 1990, quando o Braga bateu o Novorizontino e ergueu a taça estadual, sob a batuta de Wanderley Luxemburgo. “Somos franco atiradores, que podem acertar o alvo. Podemos surpreender, apesar de o Luxemburgo conhecer bem o nosso elenco”, completa.

Luxemburgo garante que conhece. “Já estudamos o Bragantino, jogamos contra eles e pudemos observar durante o campeonato. É uma equipe muito bem dirigida, que está colhendo os frutos de um planejamento”, diz o técnico do Santos.

O incentivo extra para o time do interior repetir o feito de 1990 vem de fora das quatro linhas. A família Chedid, que comanda o clube há décadas, prometeu uma gratificação de R$ 500 mil para ser dividida entre o elenco no caso de chegar à final, podendo aumentar ainda mais em caso de conquista do título. O valor dará cerca de R$ 20 mil extras aos atletas, gratificação que corresponde a sete meses de salário para a maioria dos atletas.

No Santos, o próprio Wanderley Luxemburgo é o maior motivador de seus atletas. Promovendo rodízio no time titular em 2007, o treinador não admite que ninguém perca fôlego na fase decisiva do Paulistão. “O professor Wanderley me falou do seu projeto e eu queria dar minha contribuição”, lembra o zagueiro Adaílton. “Vim para um clube acostumado a ganhar títulos. A hora gostosa está chegando. Faz cerca de dois anos que eu não ganho um troféu, então estou com sede”, avisa.

Dentro de campo, o guerreiro time de Bragança aposta suas fichas nos gols de Alex Afonso, atacante dispensado inúmeras vezes pelo Palmeiras, e que encontrou na “terra da lingüiça” a paz necessária para mostrar seu faro de artilheiro.

Cogitado para retornar mais uma vez ao Palmeiras depois do Estadual, Alex Afonso prefere manter seu foco no momento. “O Caio Júnior está me observando e, pela nova filosofia do clube, acredito que posso ter mais tranqüilidade para tentar me firmar. Se acontecer, vou buscar agarrar de qualquer forma essa que pode ser minha última chance no Palmeiras. Por enquanto, estou focado em ajudar o Bragantino a chegar cada vez mais longe”.

Ironicamente, Alex Afonso terá em seus pés a mesma missão de outro protagonista do duelo deste sábado, Marcos Aurélio. Revelado pelo Bragantino, o camisa nove foi contratado pelo Peixe depois de uma verdadeira guerra de liminares com o Atlético-PR, e agora é, ao lado do meia Cléber Santana, vice-artilheiro do Paulistão, a principal aposta do clube da Baixada para seguir na briga pelo bicampeonato estadual. “A minha velocidade pode fazer a diferença no sábado”, aposta Marcos Aurélio.

Já Cléber Santana tem esperança de repetir a atuação da partida com o Bragantino na fase de classificação, quando o Santos ganhou por 3 a 2, com dois gols dele e um de Rodrigo Tiuí. “É claro que penso em ser o artilheiro do campeonato, mas vou procurar atingir meu objetivo com naturalidade. Em primeiro lugar, coloco a conquista do título”, prioriza o camisa 11.

O Peixe entrará em campo com força máxima. Na última rodada da fase classificatória, o Alvinegro bateu o Juventus por 2 a 0 com um time inteiro formado por reservas, e vem com seus principais jogadores descansados para a semifinal. Já o Bragantino mudará duas posições em relação ao time que bateu o Barueri. Júlio César e Somália substituem Robson e Neizinho.

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