De forma arrastada e até preguiçosa, o Santos avançou à terceira fase da Copa do Brasil na noite desta quarta-feira. Diante de um público de apenas 4.068 pessoas, na Vila Belmiro, o Peixe fez um magro 1 a 0 contra o Maringá e garantiu sua vaga, já que o primeiro duelo, disputado no Paraná, foi marcado pelo empate em 2 a 2. Ricardo Oliveira, aos 46 minutos do segundo tempo, marcou o único gol do jogo
Marcelo Fernandes mandou o que tinha de melhor a campo nesta quarta. Porém, mesmo com Lucas Lima, Robinho, Geuvânio e Ricardo Oliveira, o alvinegro praiano teve uma atuação para ser esquecida. Nem mesmo quando teve um jogador a mais no confronto, já que Eurico acabou expulso aos 16 minutos do segundo tempo, o Santos conseguiu engrenar seu futebol.
De uma forma ou de outra, agora o Peixe aguarda o vencedor do duelo entre Sport e Chapecoense. Os times se enfrentam também nesta quarta, às 22 horas, em Pernambuco. No primeiro jogo, o time de Chapecó fez 2 a 0, em casa.
Pelo Campeonato Brasileiro, o Santos se prepara para encarar o Cruzeiro, atual bicampeão, neste domingo, às 16 horas, de novo na Vila. Já o Maringá não tem mais competição para disputar nesta temporada e, assim, nenhum atleta do elenco terá o contrato renovado.
Sonolento
Poucos minutos antes do jogo começar na Vila Belmiro, o clima era oposto ao que se imagina de um estádio de futebol. Com as arquibancadas vazias e pouca motivação por parte do torcedor, o time do Santos não engrenando durante os primeiros 45 minutos.
O Maringá, apesar de precisar marcar gols, fez o que se esperava. Marcou forte, com todos os jogadores atrás do meio campo e se aventurou em poupas oportunidades. O lance mais perigoso dos visitantes veio com o meia Max, que recebeu em boa condição de finalização, mas acertou apenas a rede pelo lado de fora já aos 39 minutos.
O Peixe reclamou muito da arbitragem por causa do excesso de força dos jogadores do time do Paraná. Foram quatro cartões amarelos em menos de 35 minutos.
Quando esteve com a bola, a equipe de Marcelo Fernandes não chegou a manter uma pressão em cima do adversário e pouco criou. A melhor oportunidade aconteceu aos 6 minutos, quando Geuvânio recebeu na direita e cruzou para David Braz chegar batendo. Porém, a trave evitou a abertura do placar.
Após o apito do árbitro, os atuais campeões paulistas desceram para o vestiário prometendo uma mudança de postura.
“São jogadores fortes, a gente tem que jogar mais pelo lado. Pelo lado do Vcitor (Ferraz) está um pouco melhor, tem que aproveitar. Mas eu tenho certeza que a gente vai chegar lá”, disse Cicinho, que completou 100 jogos com a camisa santista nesta quarta.
"Temos que caprichar mais um pouco, a gente está ansioso e eles estão se fechando bem. Temos que ter atenção, em uma bola parada eles podem fazer um gol", avisou o zagueiro Werley.
No apagar das luzes
No retorno para o segundo tempo, o clima sonolento persistiu na partida. No Santos, Robinho passou a ser mais participativo, atuando quase como meia. Desta forma, logo aos 3 minutos o camisa 7 assustou com um chute no centro do gols e em pouco mais de 10 minutos chegou a criar três boas jogadas de ataque. No entanto, em nenhuma delas o time conseguiu concluir bem.
O Maringá assustou em um lance de bola parada. A bola ficou pipocando dentro da área santista, mas David Braz afastou o perigo.
O jogo ganhou um novo panorama à partir dos 16 minutos. Robinho pedalou e driblou o Eurico. O marcador puxou a camisa do capitão santista, que parou e pediu cartão. O árbitro, muito rigoroso com o lance apenas na intermediária e que configurava qualquer chance de gol, sacou o cartão e expulsou o atleta do time paranaense.
Com um a mais, o Peixe passou a ter ainda mais posse de bola e buscou o gol com toques rápidos e tabelas perto da área. Ricardo Oliveira, pagado teve uma boa chance, mas acabou perdendo o tempo da bola. Na sequência, Leandrinho apareceu na área e pediu pênalti depois de uma disputa de bola. Mas, além de não ser correspondido pelo juiz, ainda recebeu o cartão amarelo por simulação.
Buscando ao menos um gol, Marcelo Fernandes colocou Elano, que entrou em campo com a camisa de número 300, em alusão a marca alcançada em partidas pelo Peixe.
E só aos 46 minutos do segundo tempo o gol saiu. Ricardo Oliveira aproveitou lançamento de Cicinho, dominou bonito e estufou as redes no último lance antes do apito final.