No Brasil, a torcida pediu sua saída. Em Berlim, ele foi vaiado. E pela imprensa mundial acabou questionado. Assim terminou a terça-feira para o atacante Ronaldo após a apagada atuação na vitória do Brasil sobre a Croácia por 1 a 0, na estréia da Copa.
O Fenômeno virou até motivo de ironia do zagueiro Robert Kovac responsável por marcá-lo no duelo dessa terça. O croata admitiu que teve o trabalho facilitado devido ao estado físico debilitado do camisa nove brasileiro.
“Foi muito fácil marcá-lo. Já havia jogado em outras oportunidades contra o Ronaldo e tinha sentido mais dificuldades”, explicou o zagueiro, que só sofreu com a entrada de Robinho no lugar do Fenômeno na metade da etapa final.
Segundo o defensor croata, foi possível detectar a falta de resistência física do destaque da última edição da Copa do Mundo. “O Ronaldo parecia estar cansado, quase não tocou na bola”, observou Kovac, que atua na Juventus, da Itália.
Antes de se apresentar à seleção, Ronaldo ficou longe dos gramados por cerca de dois meses devido a uma contusão. O atleta chegou a Weggis, na Suíça, visivelmente acima do peso ideal, mas garantiu não estar acima do peso.
Porém a apagada performance dessa terça foi o grande destaque em jornais do Brasil e de todo mundo. A mídia italiana questionava o que aconteceu com Ronaldo, enquanto a França associava a atuação de terça com a final da Copa de 1998, quando o atacante teve uma convulsão antes de entrar no gramado.
O jogador deixou o estádio Olímpico de Berlim calado e ganhou a solidariedade do lateral-esquerdo Roberto Carlos e do técnico Carlos Alberto Parreira. O comandante, inclusive, garantiu que Ronaldo será titular na partida contra a Austrália, neste domingo, pela segunda rodada do grupo F.