Perto de levantar a taça de campeão paulista de 2005 – o São Paulo precisa apenas de um empate em três jogos -, o capitão Rogério Ceni é o principal símbolo dentro de campo do badalado momento vivido pela equipe. Além das defesas, o goleiro chama atenção por balançar as redes adversárias. Por isso, já incluso na lista de ídolos do Morumbi, o astro caminha também para o ser o maior goleiro-artilheiro do mundo.
No total, Rogério Ceni já marcou 39 gols na carreira, sendo 33 em cobranças de falta e seis de pênalti, além de outros seis em decisões por pênaltis (não somados no total para efeito de cálculo). Desde que marcou pela primeira vez dentro dos 90 minutos de um jogo, em 1997, Rogério Ceni mantém uma média de 4,125 gols por ano, sem contar a atual temporada. Assim, se mantiver o desempenho jogando até os 38 anos, idade perfeitamente aceitável para um goleiro, ele acrescentaria 29 novos gols em seu currículo currículo.
Com 32 anos atualmente, o são-paulino já avisou que quer “jogar até quando o corpo permitir”. Em 2011, Rogério Ceni pode ter cerca de 68 gols na bagagem, número com o qual superará o paraguaio Chilavert (64 gols), o colombiano René Higuita (41) e o mexicano Jorge Campos (40), os líderes da lista.
Perguntado pela reportagem do Terra Esportes sobre as barreiras a serem derrubadas na carreira e o futuro na profissão, Rogério Ceni mostrou que o cálculo tem fundamento. “Meu objetivo é jogar bem todas as vezes que possível, trabalhar sempre com seriedade e não me acomodar nunca”, disse.
Ao marcar seu 32º gol, contra o Universidad do Chile, na Copa Libertadores da América deste ano, o são-paulino passou a ser o goleiro que mais fez gols de faltas no mundo, superando o mexicano Jorge Campos, que tem 31.
“Eu acho que o segredo de um bom profissional, para ele conseguir estender ao máximo sua carreira, é sempre encarar com seriedade todo e qualquer jogo, de qualquer campeonato. Eu espero que comigo seja assim”, completou Rogério Ceni.
O craque tem contrato até 2008 com o clube do Morumbi e mostra que não deve sair. Quando questionado se ainda sonha em jogar nos gramados europeus, o goleiro foi claro: “Sonho em jogar futebol, sempre. De preferência aqui no nosso querido São Paulo”.
A tendência é de que a média de gols marcados pelo goleiro cresça ainda mais nos próximos anos. Além de melhorar sua técnica a cada dia, durante os incansáveis treinamentos, Rogério Ceni pode aumentar o números de gols marcados em cobranças de pênalti.
Neste ano, como o atacante Diego Tardelli desperdiçou duas chances na marca da cal, o goleiro assumiu o posto de cobrador oficial. Assim, ele balançou a rede duas vezes, além de outros quatro gols de falta (seis no total), e já superou a média de 4,125 apenas no terceiro mês do ano.
Se chegar mesmo aos 68 gols, Rogério Ceni chegaria aproximadamente à metade das marcas de grandes goleadores do Morumbi, como Careca (112), Pedro Rocha (113), Luís Fabiano (118), Prado (121), Maurinho (133), Raí (128) e Leônidas (140).