domingo, 29/setembro/2024
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Rodada dupla na Arena Pantanal gera prejuízo de R$ 20,2 mil para Operário e Cuiabá

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A rodada dupla na Arena Pantanal, no último final de semana, não foi um bom negócio para os clubes mandantes, Operário e Cuiabá. Isso porque apenas 591 pessoas pagaram para assistir a vitória por 3 a 1 do “Chicote” contra o Sinop, além do empate em 1 a 1, entre Cuiabá e União, o que gerou uma renda bruta de R$ 13,4 mil, que deveria ser dividida entre os dois clubes.

Acontece que as altas despesas do estádio chegaram a R$ 29,4 mil e superaram a renda obtida, deixando um déficit de R$ 15,9 mil para os clubes pagarem. Apenas com despesas administrativas foram gastos R$ 16,7 mil. O custo com a segurança particular do jogo, Polícia Militar, ambulância e equipe médica chegou a R$ 10 mil. A limpeza do estádio custou mais R$ 2,2 mil, o quadro móvel da arena mais R$ 1,5 mil e o sistema de acesso (catracas) custou R$ 1 mil.

Por sua vez, as despesas com encargos sociais foram de R$ 2,6 mil. “Pesam” nesta conta, os gastos com arbitragem, incluindo INSS do trio, que chegam a R$ 1,5 mil. A Federação Mato-grossense (FMF) ainda embolsou R$ 809, equivalentes a 6% da renda bruta.

Para piorar, os clubes deixaram de prestar contas sobre a venda de ingressos antecipados, o que gerou um prejuízo de R$ 3,2 mil para o Operário e R$ 1 mil para o Cuiabá. Somando os déficits, o Operário deverá pagar uma dívida de R$ 11,1 mil e o Cuiabá, cerca de R$ 9 mil. O valor total, que chega a R$ 20,2 mil, ressarcirá os cofres da federação.

Apenas para se ter uma ideia do custo que é jogar na Arena, a partida entre Poconé e Luverdense, no estádio Neco Falcão, em Poconé, atraiu um público pagante de 831 pagantes, o que gerou uma renda bruta de R$ 9,2 mil. Porém, as despesas administrativas e sociais chegaram a R$ 5,2 mil, deixando uma renda líquida de R$ 3,9 mil para o clube mandante.

Construída para a Copa do Mundo, a Arena Pantanal custou aos cofres públicos R$ 628 milhões, e sempre foi alvo de críticas que apontavam que ela se tornaria um “elefante branco” (estádios com pouca utilização), devido aos seus altos custos de manutenção, que chegam a R$ 600 mil por mês. Desde que foi inaugurado, em abril de 2014, o estádio já gerou um prejuízo de R$ 1,4 milhão, de acordo com uma reportagem da BBC Brasil.

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