O presidente Ricardo Teixeira pediu afastamento do comando da Confederação Brasileira de Futebol. Por meio de um comunicado enviado às Federações estaduais, o mandatário alegou problemas de saúde e colocou em seu lugar o vice José Maria Marin.
A licença do dirigente foi confirmada pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero. "Estou fora da sede, mas eu tomei conhecimento disto, porque fiz contato com a Federação. Já me informaram que chegou este documento", afirmou o mandatário da FPF, em entrevista à rádio Estadão ESPN.
O dirigente, porém, preferiu não falar sobre o tempo que Teixeira ficará longe do cargo máximo do futebol nacional. "Ele não marcou prazo, mas disse que é por motivos de saúde. Fará alguns exames e logo estará de volta", comentou. Pelo estatuto da CBF, o tempo máximo de licença é de 60 dias.
O futuro de Ricardo Teixeira à frente da CBF vem sendo colocado em dúvida. No mês passado, a hipótese de o dirigente abandonar o cargo fez surgir manifestações de descontentes de Federações estaduais, mas o presidente abafou qualquer chance de motim durante assembleia geral da entidade, realizada em 29 de fevereiro.
Na ocasião, o mandatário negou que tivesse a intenção de abrir mão da função máxima da CBF. Agora, Teixeira deixa o cargo de forma provisória, mas Del Nero alega que Marin seguirá as diretrizes já determinadas em relação ao futuro da CBF e também da Copa do Mundo de 2014.
"Certamente, quem assumir vai cumprir as determinações e normas que já foram discutidas pela diretoria e pelo COL também. Não tem novidade, vai seguir o que já estava decidido", acrescentou.
Ricardo Teixeira assumiu a presidência da CBF em 1989, com o apoio de seu ex-sogro, João Havelange. Agora, o mandatário faz crescer as especulações sobre sua possível saída definitiva do comando da entidade.
Já o presidente interino José Maria Marin foi jogador de futebol do São Paulo, antes de entrar para a carreira política, tornando-se vereador da capital paulista. Em seguida, foi vice-governador e, depois, governador do Estado por dez meses, no início dos anos 1980. Além disso, Marin também presidiu a FPF entre 1982 e 1988.