Para quem acompanha a trajetória do Luverdense desde 2004, sabe das dificuldades que o clube enfrentou até se tornar uma das 40 maiores agremiações do pais. O clube, fundado em janeiro de 2004, logo ganhou notoriedade ao disputar com persistência a série C de 2005, 2008, 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013, ano em que persistência do clube foi coroada com o acesso para a série B. Nos anos de 2014, 2015, 2016 e 2017, o Luverdense conviveu em meio aos grandes clubes do futebol brasileiro e chegou a sonhar inclusive em voar voos mais altos. Em 2017, ano em que o clube mais faturou com verbas de patrocínio e de TV, curiosamente foi o ano em que o clube sofreu sua primeira queda.
Naquele ano, a queda do Luverdense começou, quando teve, por força de problemas, com laudos de segurança do estádio Passo das Emas, mandar os primeiros seis jogos na Arena Pantanal, em Cuiabá. O estádio que foi palco da Copa do mundo, não fez bem ao Luverdense. Foram seis jogos, com cinco empates e apenas uma vitória. Os resultados fizeram a equipe despencar na tabela e a recuperação ficou difícil, culminando com o rebaixamento para a série C. O time terminou na 17ª colocação com 44 pontos, mesma pontuação do Guarani de Campinas que ficou à frente pelo número de vitórias (11 contra 10).
Com o rebaixamento veio a diminuição das receitas e a direção foi obrigada a montar uma equipe modesta para a Série C 2018 e mesmo assim o clube quase conquistou a vaga entre os 4 melhores do grupo B.
O ano de 2019, começou com o Luverdense tendo que enfrentar vários problemas financeiros. Ações trabalhistas levaram o pouco recurso que o clube tinha para investir. Com dificuldades para captar recursos, outra vez a direção montou uma equipe modesta, que não foi competitiva o suficiente para manter o clube na série C.
A queda do Luverdense começou a ser desenhada logo no jogo de estreia contra o Juventude e foi sendo moldada a cada jogo. A partida contra o Paysandu, nesta quarta-feira, só confirmou aquilo que todos já estavam prevendo. Com a queda para a série D, o Luverdense mergulha no fundo do poço e nos faz pensar se terá forças para se reerguer e voltar a ser grande.
O clube, agora, se concentra na disputa da Copa Verde e Copa FMF, competições que poderão levá-lo para a Copa do Brasil do ano que vem e com isso arrecadar verba suficiente para a temporada, que passa a ser uma incógnita.
Este ano o time começou muito bem na Copa do Brasil com Junior Rocha no comando e eliminando o Corumbaense, depois o Figueirense e chegou na terceira fase quando perdeu para o Fluminense. Ano passado, entrou nas oitavas de final por ter sido campeão da Copa Verde e enfrentou o Santos (SP), atual vice-líder do Brasileiro da Série A. Em 2017 teve desempenho muito bom ao eliminar o URC (Minas Gerais), bateu o Avaí (SC) passou de fase e enfrentou o Corinthians.
Após a saída do treinador Junior Rocha, ao menos 5 jogadores do atual elenco devem ser dispensados, como forma de equalizar as finanças. Maico Gaucho assumiu interinamente.