Satisfeita e aliviada até então com os bons resultados de Milton Cruz à frente da equipe, a diretoria do São Paulo se vê pressionada novamente, depois da eliminação para o Santos, a contratar alguém para a função exercida interinamente pelo coordenador técnico após a saída de Muricy Ramalho.
Inicialmente, o discurso do presidente do clube, Carlos Miguel Aidar, e do vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, era de que o interino poderia continuar no cargo se o argentino Alejandro Sabella não aceitasse treinar o São Paulo. O treinador vice-campeão da Copa do Mundo de 2014 deve dar uma resposta nesta segunda-feira, através de seu empresário.
"Estou à disposição, se acharem que eu tiver que assumir o cargo, eu vou fazer o que for preciso. Vou cumprir, estou comprometido com o que foi feito. Acho que estou fazendo meu melhor|", disse Milton, no domingo, admitindo pela primeira vez a possibilidade de ser efetivado.
Ocorre que a derrota por 2 a 1 na Vila Belmiro e a consequente eliminação no mata-mata do Campeonato Paulista (a nona consecutiva, sendo oito delas em semifinal) diminuíram a paciência. Na quarta-feira, o São Paulo corre risco de amargar a segunda queda precoce no primeiro semestre caso não vença o Corinthians, no Morumbi, em jogo decisivo por uma vaga nas oitavas de final da Copa Libertadores.
"Estou fazendo meu melhor", minimizou o interino. "Infelizmente, perdemos o jogo depois de três vitórias, oito gols marcados e um sofrido. Infelizmente, hoje (domingo) tomamos dois e fizemos um. Estamos em busca da melhora do time".
Além de Sabella, esteve recentemente no radar da diretoria o técnico do Flamengo, Vanderlei Luxemburgo. Em conversa com o presidente do São Paulo, ele alegou na ocasião que não poderia assumir o compromisso por estar nas finais do Campeonato Carioca. Tal qual o time paulista, porém, ele se despediu mais cedo da competição regional no domingo.