Dos 11 times que disputaram o Campeonato Matogrossense da Primeira Divisão deste ano, quatro deles se despediram do torneio regional com dívidas junto a seus credores, em especial com os jogadores. Na lista de endividados está clubes tradicionais como Mixto e Clube Esportivo Operário Várzea-grandense. Ainda engrossam a triste lista Operário Futebol Clube e União de Rondonópolis.
Prestes a deixar o cargo de presidente do Alvinegro da Vargas, Paulo César ‘Gatão’ confirmou que o clube ainda tem uma dívida em torno de R$ 40 mil para quitar tudo o que é relacionado ao Estadual. Segundo o dirigente, assim que o time foi eliminado ainda na primeira fase do torneio, liberou os jogadores dando a garantia de depositar os salários nas contas dos atletas. “Fiz este compromisso com os jogadores e membros da comissão técnica. Assim que for entrando dinheiro na conta do clube, vou pagando o pessoal. O ideal seria pagar todo mundo de uma vez só. Mas não dá diante desta grande crise econômica no Brasil”, disse Gatão, que convocou eleição para o próximo dia 11 de junho, num sábado, para nova diretoria do clube.
A falta de dinheiro também é a tônica no Operário Vázea-grandense. O presidente do clube Geovani Banegas confirmou que ainda têm débito a ser quitado com boa parte dos jogadores. O resto a pagar seria cerca de dois meses de salários em atraso. A situação mais dramática seria dos jogadores que defenderam outro Operário, o clube-empresa, presidido por Sebastião Viana. Eliminado na primeira fase sem vencer sequer um jogo, o elenco não tinha visto a cor de dinheiro desde início do Estadual. O União, que viu Carlos Rufino a renunciar ao cargo de presidente, também tenta saldar a dívida com elenco.