“Vou deixar o Mixto, não dá mais!”. A frase é do presidente do clube, Walter Hudson, dita exatamente um dia após o alvinegro completar seu 86º aniversário de fundação. Segundo o dirigente “não há mais clima para continuar a frente do clube”. Criticado por membros do Conselho Deliberativo e da própria diretoria, Hudson revelou que pretende entregar a renúncia o mais breve possível. “No mais tardar na próxima segunda-feira”, disse, em entrevista ao A Gazeta, ponderando: “Só não fiz isso ainda devido essa pandemia. Temos que realizar uma assembleia geral”, explicou.
Dizendo-se sem apoio a frente do clube e desestimulado, Hudson garante que entregará o Mixto em ‘boas condições’. “Fizemos os últimos pagamentos pendentes referente ao Estadual desse ano”, afirmou.
Questionado sobre a possibilidade de o clube ser arrendado ou terceirizado por um grupo de investidores, supostamente interessado, Hudson se mostrou cético: “Um investidor que pretende fechar um negócio não precisa de 60 dias para dar a resposta”, destacou, referindo-se ao prazo solicitado por um emissário enviado à reunião, realizada na noite de quarta-feira na Capital.
Hudson não participou do encontro, mas A Gazeta apurou que o tal emissário é um cidadão cuiabano que reside no Rio e se apresentou como representante dos ‘investidores’.
A proposta consiste em o clube ceder todos os direitos ao grupo, incluindo a negociação de atletas revelados nas categorias de base. O mesmo emissário teria citado um investimento de R$ 5 milhões e até a quitação de todas as dívidas do clube. O conselho preferiu não revelar o nome do representante.