O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, prometeu nesta segunda-feira realizar algumas mudanças no elenco do clube quando for reaberta a janela de transferências internacionais, em junho. O mandatário, que chegou a dizer no ano passado que promoveria uma “grande reformulação” após o 6 a 1 sofrido para o Corinthians, assegurou já ter tudo planejado com o departamento de futebol.
“Esse é um trabalho de planejamento,que exige serenidade e muito cuidado, porque não se faz de uma hora para outra. É uma gama de valores muito variada que nos conduzem a uma definição posterior”, comentou Leco, pouco claro ao dizer o que exatamente estava fazendo, durante a apresentação do novo diretor de futebol do clube, Luiz Antonio da Cunha.
“O que eu posso dizer é que está havendo uma análise muito constante, precisa e isso inclui toda a estrutura de futebol, a coordenação do Gustavo (Vieira, executivo de futebol). Faz parte do planejamento, sim (mudar o elenco). Até lá nós faremos avaliações e algumas mudanças. Estamos em busca de soluções, garanto a seriedade do trabalho”, prosseguiu o dirigente.
Algumas mudanças, por sinal, já estão confirmadas. Duas das contratações mais festejadas pela torcida, o zagueiro Maicon e o atacante Jonathan Calleri têm contrato apenas até a metade do ano, um emprestado pelo Porto e o outro com transferência praticamente certa para a Internazionale-ITA. Apontados como titulares de Bauza, ambos devem ter uma reposição à altura de acordo com a diretoria.
“No ano passado, nós tivemos a perda de um time de futebol inteiro. As vendas no meio do ano e no fim do ano tiraram jogadores fundamentais no clube. A partir daí, procuramos um técnico para liderar essa reorganização. Nós não tínhamos recursos pra trazer esses reforços, mas o Leco está fazendo uma estratégia grande para que a gente consiga”, explicou o agora ex-vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro.
Agora responsável pelo tema, Luiz Cunha se disse confiante na possibilidade de renovação do grupo de atletas. Questionado se ficava incomodado com algumas declarações de jogadores, como as cobranças públicas por salários atrasados e as reclamações pela reserva, o novo diretor não quis entrar em polêmica.
“Tenho por característica ser um liberal, acho que todos têm de dizer o que pensam e sentem, com certeza. Tenho para mim, no entanto, que antes de dizer algo publicamente, deve-se falar internamente. A partir daí, buscamos um denominados comum”, observou Cunha.