O presidente da Associação Leões da Colina (Aleco), que administra o futebol do clube da capital, Fábio Assis, elogiou a torcida do Nacional-AM e reafirmou que não menosprezou os rivais antes do confronto. ”Em momento algum menosprezei a equipe do Nacional. Eu não queria enfrentar um time do nosso Estado, porque apenas um teria condições de avançar e isso atrapalharia Mato Grosso no ranking das federações”.
Antes do sorteio para a definição do chaveamento da Copa do Brasil, o Dom Bosco tinha como possíveis adversários Sampaio Corrêa, Fortaleza, CRB, Juventude, Londrina, Cuiabá, Nacional-AM, Botafogo-PB, Salgueiro e Rio Branco-AC. Tirando os acreanos e os amazonenses, o restante são times dos Campeonatos Brasileiros da Série B e C.
Fundado em 1913, o Nacional é uma das equipes mais tradicionais do Amazonas e o maior campeão estadual, com 43 títulos. “Quando o sorteio nos colocou frente a frente com o Nacional, eu gostei porque enfrentaríamos um time que mais se aproximava com o Dom Bosco. E depois descobri que o time deles têm muito em comum com o nosso. A história centenária, as cores, até o mascote é o mesmo, eles são o Leão da Vila Municipal e nós o Leão da Colina”.
O presidente, que não conhecia a capital amazonense, acompanhou a delegação do Dom Bosco e ficou surpreso com a torcida do adversário. Ele até doou camisa do clube mato-grossense para alguns torcedores, que estavam no estádio. “Admirei ainda mais quando fui até Manaus. Mesmo com a desvantagem no jogo de ida, e a insatisfação pela desclassificação na Copa Verde, os torcedores compareceram e apoiaram o tempo todo. No fim da partida alguns torcedores aplaudiram a nossa equipe. Protestavam contra a própria equipe, mas não hostilizaram a nossa. Demos algumas camisas e eles usaram. Trago boas recordações de Manaus”.
No confronto, válido pela primeira fase da Copa do Brasil, o Dom Bosco venceu a primeira partida por 2 a 0. No jogo de volta, em Manaus, o empate em 1 a 1 garantiu o clube mato-grossense na segunda fase do torneio nacional.