Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, falou sobre a situação financeira do clube, que está rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro e pode ter o orçamento reduzido em mais de 50%, na próxima temporada. O mandachuva do Dourado também falou sobre a arrecadação da equipe ao longo dos quatro anos na elite do futebol.
“Com a televisão na série A, o máximo que nós arrecadamos foi R$ 62 milhões no ano passado, que a gente terminou o Campeonato Brasileiro em 12º colocado. Nós vamos arrecadar esse ano, com o rebaixamento, R$ 39 milhões. Esse dinheiro vem da Globo. Eu acredito que nós vamos ter que baixar. Nós tivemos uma receita em torno de R$ 76 milhões em 2021. Em 2022, cerca de R$ 129 milhões. Em 2023, foi o nosso recorde, com a entrada do investidor da Liga Forte União, o Cuiabá teve uma receita de 171 milhões. Esse ano, devemos fechar em R$ 132 milhões. Eu imagino que, no ano que vem, o Cuiabá vai ter uma receita em torno da casa de 45 a 50 milhões de reais, uma queda de mais de 50%.”
Para a próxima temporada, o Cuiabá reformulará o elenco. Até o momento, quatro atletas já foram liberados e mais devem ser até o início da pré-temporada para o próximo ano. Dresch explicou que, apesar dos cortes de gastos, o clube manterá o investimento nas categorias de base. “É óbvio que tem que fazer uma readequação envolvendo o clube inteiro, desde elenco, comissão técnica, até parte administrativa. Uma parte que nós não vamos diminuir o investimento, nós vamos manter, nem que a gente tenha que pôr dinheiro do [próprio] bolso, são as categorias de base. Vão ter seu orçamento mantido, a base vem sendo a prioridade do Cuiabá e continuará nos próximos anos”, finalizou o presidente em entrevista ao podcast “Dinheiro em Jogo”, do Globo Esporte.