O presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Carlos Orione, anunciou que não pretende disputar reeleição, prevista para o dia 26 de maio do ano que vem. À frente da federação há 30 anos (ficando licenciado por seis anos), apontou que a falta de motivação, críticas, desorganização dos clubes (que deveriam R$ 200 mil à entidade) e pouca paciência para continuar no cargo são os principais fatores. Descartou, por hora, também indicar um sucessor.
Em um breve resumo das ações tomadas, desde que está à frente da FMF, a principal apontada foi a realização dos jogos da Copa do Mundo de 2014, na capital. Além disso, também destacou a consolidação do estadual de futebol, as transmissões dos jogos, as parceiras com empresas. Mas alfinetou. “Organizei o Estadual, que hoje tem uma forma sólida e só cresce. Falta os clubes fazerem o mesmo. Buscar investimentos, como eu fiz. Em 2014, teremos um dos estádios mais modernos do mundo. Espero que isso sirva de motivação para as equipes”.
Sobre a decisão dos clubes de criarem a Associação Mato-grossense dos Clubes de Futebol Profissional (Afamut), pedindo mais transparência na FMF, declarou que aprova, dizendo que “tudo o que for para o bem do futebol é interessante e válido. Mas se estão fazendo isso somente para criticar, não aprovo. Se eles querem mais transparência, que venham aqui que eu mostro tudo. Não tenho o que esconder, mas também não faço questão de falar. Posso mostrar o que eles quiserem, mas dependendo dos termos. A maioria dos contratos, como o dessa multinacional, é registrado em cartório. É documento público, para todos verem. Eles [os clubes] ainda não me procuraram”.
Orione disse ainda, em entrevista ao Globo Esporte, que só muda de decisão, caso a Federação Internacional de Futebol (Fifa), onde tem bom contato com o presidente Joseph Blatter, peça para continuar no comando da federação. Caso contrário, sua ida está mantida. Com isso, questionado sobre a possibilidade de posteriormente ficar à frente do escritório que a Fifa pretende abrir em Cuiabá para acompanhar as obras da copa, refutou a ideia.