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Presidente da Portuguesa renuncia e fala em traição

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Após um ano na dianteira da gestão da Portuguesa, Jorge Manuel Marques Gonçalves preferiu renunciar ao cargo de forma oficial nesta quarta-feira, um dia após a reunião dos membros do Conselho Deliberativo do Clube. Em alguns parágrafos, Jorge faz agradecimentos e críticas ao quadro político inalterado da Lusa.

“Entendi, finalmente, que jamais seríamos aceitos. Não nos encaixamos nos parâmetros vigentes, em que o sobrenome correto ou determinadas relações pessoais definem seu destino político no clube. Brigamos o quanto pudemos, mas esgotamos nossas forças. A Portuguesa, finalmente, continua dominada pelas mesmas atitudes”, escreveu.

Entre agradecimentos a funcionários e colegas de causa, Jorge Manuel afirmou que, agora, entende a debandada de muitos diretores no tempo recente, deixando a Portuguesa ao léu. Além do presidente, o vice-presidente Manuel Thomé também tomou a decisão de renunciar. Agora, a convocação de eleições e a escolha do novo mandatário fica a cargo do Conselho.

“O mau rendimento dentro de campo criou o cenário desejado por alguns, e a falta de escrúpulos afetou a vida particular de dirigentes reconhecidamente honestos e trabalhadores, vítimas de vandalismo e ameaças. A Portuguesa parece ter donos que, mesmo após apequenarem o clube continuamente, seguem se dedicando a dividir, impossibilitando qualquer tentativa de modernização”, disparou.

Apesar das críticas ao cenário político do clube, que só vem a contribuir com o mau momento vivido em campo – a Lusa luta contra o rebaixamento à terceira divisão do Estadual e já disputa a Série C do Brasileiro -, o agora ex-presidente também veio a valorizar as conquistas que conseguiu em 12 dos 20 meses de mandato cumpridos.

Além de modernizações no departamento de futebol, como a estrutura do CT, quanto no de marketing, que envolveu a remodelação completa do programa de sócio-torcedor, a gestão de Jorge Manuel ampliou a área jurídica do clube e contratou especialistas para amparar o clube em questões trabalhistas, além de reduzir o quadro de funcionários e otimizar os gastos.

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