Inaugurado em 2007, o Engenhão não demorou a apresentar falhas importantes em sua estrutura e acabou interditado nesta segunda-feira, com problemas em sua cobertura. Entretanto, em entrevista à Rede Globo, nesta quarta-feira, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, descartou demolir o estádio, que custou R$ 380 milhões aos cofres públicos e está sob administração do Botafogo, mas não negou a possibilidade de a construtora pagar as reformas necessárias.
"Se a prefeitura tiver que pagar essa conta, obviamente, quem projetou, aqueles que são responsáveis por isso, têm que responder. Se for de fato um erro de projeto, essa compensação precisa acontecer", disse. "Agora temos que nos aprofundar tecnicamente, ver quais são as soluções e em que tempo. A decisão que anunciamos busca preservar a vida das pessoas", completou.
Originalmente orçado em R$ 60 milhões, o Estádio Olímpico João Havelange é projeto dos arquitetos Carlos Porto, Gilson Santos, Geraldo Lopes e José Raymundo Ferreira Gomes. A Riourbe, da Secretaria de Obras do Município do Rio de Janeiro, foi a responsável pela fiscalização da construção, que teve consórcio vencido pela Odebrecht e OAS.
Uma das sedes dos Jogos Olímpicos de 2016, o Engenhão não será excluído. A competição, que será realizada entre 5 e 21 de agosto, terá o estádio como sede das disputas de atletismo. Faltando mais de três anos para o evento, Eduardo Paes negou a chance de demolir a construção.
"Temos esse problema na cobertura, passou da margem de risco do aceitável, portanto tomamos essa decisão. Mas é um problema que tem solução, então não precisaremos demolir o Engenhão de forma nenhuma. Queremos ter o estádio de volta o mais rápido possível para servir o futebol carioca", encerrou.