A Portuguesa aproveitou o desânimo da recém-rebaixada Ponte Preta para conquistar uma vitória por 2 a 0 na tarde deste domingo, no Moisés Lucarelli. O resultado foi fundamental para o time paulistano na missão de evitar ter o mesmo destino da equipe de Campinas no Campeonato Brasileiro.
Agora com 47 pontos ganhos, a Portuguesa se distanciou da zona de rebaixamento, de onde não sairá mais a penúltima colocada Ponte, com 36. Na última rodada, os rivais dos dois serão gaúchos. O clube rubro-verde receberá o Grêmio no Canindé, enquanto o alvinegro visitará o Internacional no Centenário.
Mas a preocupação da Ponte não é mais com o Brasileiro. O time dirigido por Jorginho até preservou titulares neste fim de semana, pensando no argentino Lanús, adversário na final da Copa Sul-americana de quarta-feira, no Pacaembu. Henrique e Wanderson se valeram da situação para marcar os gols da Portuguesa.
O jogo – A Portuguesa entrou em campo muito mais interessada do que a rebaixada Ponte Preta. A disposição dos comandados de Guto Ferreira (de volta ao Moisés Lucarelli), no entanto, não significava efetividade ofensiva.
Com dificuldades de criação, a Portuguesa apostou principalmente em cruzamentos na área no primeiro tempo. A estratégia para encurtar o caminho para o gol parou no ex-corintiano Betão, que levava a melhor pelo alto contra os visitantes.
Quando o levantamento na área veio de uma bola parada, no entanto, ninguém conseguiu evitar o gol da Portuguesa. Aos 15 minutos, Souza cobrou escanteio, e Henrique tirou proveito da hesitação do goleiro Daniel para cabecear para a rede na segunda trave.
A vantagem da Portuguesa no placar chamou os reservas da Ponte para o campo de ataque. Assim como a equipe rival, contudo, faltava criatividade para os comandados de Jorginho. William e Adrianinho até arriscaram algumas conclusões, porém sem pontaria.
De qualquer forma, a vontade da Ponte de vencer ficou clara com a revolta de Jorginho e de seus atletas com o árbitro Márcio Chagas da Silva, que não assinalou uma falta em Ferrugem quase na meia-lua nem um toque de mão (aparentemente, involuntário) do lusitano Lima dentro da área.
Sem se importar com as queixas, a Portuguesa voltou a assustar a Ponte no final da primeira etapa – movimentada, mas fraca tecnicamente. Aos 40, Luis Ricardo fez grande jogada pela direita e finalizou cruzado. A bola acertou a trave.
Com a tarefa de manter o ritmo no segundo tempo, quando atuaria contra o sol intenso em Campinas, a Portuguesa voltou do intervalo com Wanderson na vaga do desgastado Souza. A Ponte Preta foi a mesma, mas com uma atitude mais agressiva, investindo nas jogadas ofensivas com Régis.
Na defesa, entretanto, os donos da casa pecavam pela desatenção. Aos 15 minutos, por exemplo, uma saída de bola errada da Ponte fez com que Wanderson recebesse assistência e ficasse completamente livre de marcação dentro da área. Ele desperdiçou a grande chance com um chute para fora.
Logo após o susto, Jorginho resolveu mexer na formação da Ponte, com Rafael Ratão no lugar do aplaudido Ferrugem. Não adiantou. Aos 20, em jogada bem trabalhada pela Portuguesa, Wanderson recebeu passe da esquerda dentro da área e só empurrou para o gol.
O placar de 2 a 0 deixou a Portuguesa à vontade para administrar a partida até os minutos finais. Do outro lado, a Ponte Preta também já não tinha mais forças para impedir a sua 19ª derrota no Campeonato Brasileiro.