O Goiás teve um adversário fácil para retomar sua escalada no Campeonato Brasileiro. Diante de uma Portuguesa cheia de espaços para serem explorados em sua defesa, os comandados de Hélio dos Anjos tiveram tranqüilidade para construir uma goleada por 4 a 0 que tirou o time da zona de rebaixamento.
O triunfo foi desenhado com uma postura ofensiva dos esmeraldinos, que buscaram o gol desde o primeiro minuto. A Lusa, com três atacantes, via seus zagueiros confusos e, se aproveitando disso, os donos da casa abriram o placar aos 42 minutos do primeiro tempo, com Júlio César. Na etapa final, Iarley fez o segundo aos quatro com um chute no ângulo de Sérgio. Romerito, aos 22, e novamente Júlio César, aos 25, fecharam o resultado.
A vitória deixa os goianos na 12ª posição, com 20 pontos, terminando o sábado fora da faixa da degola e também na zona de classificação para a Copa Sul-americana. Já a Rubro-verde caiu para o 14º lugar, um ponto abaixo dos seus algozes nesta noite.
A recuperação lusitana pode acontece na quarta-feira, quando a equipe encara o Sport em Recife, às 20h30. Os esmeraldinos tentam manter o embalo no mesmo dia, contra o Flamengo, às 21h50, novamente no Serra Dourada.
O jogo – Desde o apito inicial, o Goiás mostrou sua estratégia: sem Paulo Baier, o time apostaria na velocidade para abrir o placar o quanto antes. Diante de uma Portuguesa desprotegida na defesa ao optar por três atacantes e um volante, e com zagueiros com atuações recheadas de falhas, o cenário estava armado para uma goleada alviverde.
O objetivo de balançar as redes só não atingido no primeiro minuto do duelo graças a Jonas. Após cobrança de escanteio, na primeira bobeira lusa da partida, o goleiro Sérgio e Bruno Rodrigo se confundiram e o atacante teve que salvar em cima da linha. O caminho para vitória verde, entretanto, estava claro. E os comandados de Hélio dos Anjos seguiram com precisão a ordem de se aproveitar dos vacilos adversários.
Com este panorama, a etapa inicial foi amplamente dominada pelos donos da casa. Com vinte minutos de jogo, Sérgio já havia evitado o gol por duas vezes em chutes de Fernando e Romerito e ainda torcido para arremate perigoso de Ramalho passar por cima.
Ineficiente e quase inoperante no ataque, a Lusa tinha a certeza de que o marcador seguia sem gols porque os goianos não estavam com a mira calibrada. As oportunidades desperdiçadas pelo time esmeraldino continuavam e o intervalo parecia seguir com o empate. Uma falha rubro-verde, contudo, foi fatal.
Aos 42 minutos, Romerito cruzou da esquerda, Bruno Rodrigo se perdeu na tentativa de roubar a bola de Júlio César e deixou fácil para o lateral-esquerdo, que ainda aproveitou outra bobeada, desta vez de Patrício, para ter tranqüilidade e bater por cima de Sérgio. E a justiça havia sido feita ainda no primeiro tempo.
Na volta do intervalo, Valdir Espinosa tentou acertar seu time com a entrada de Wilton Goiano para reforçar a marcação na vaga do atacante Washington. A Portuguesa, porém, nem teve tempo para testar se a substituição daria certo. Com o mesmo ritmo, o Goiás, já com Paulo Baier em campo, foi rápido apara ampliar a vantagem.
Aos quatro minutos, Iarley recebeu na entrada da área, girou e fez um golaço chutando no ângulo de Sérgio. O segundo tento animou ainda mais os esmeraldinos, que viam Baier fazer uma grande partida.
O meia participou de dois lances perigosos na seqüência. No primeiro, obrigou Sérgio a fazer boa defesa em dois tempos. No segundo, protagonizou bela troca de passes que Romerito concluiu mal. Os erros nas finalizações, contudo, se encerram nessa jogada.
Aos 22 minutos, o terceiro gol veio em outro lance bem trabalhado pelos comandados de Helio do Anjos. Paulo Baier passou de primeira para Iarley, que entrava livre na área pela esquerda. Também com apenas um toque na bola, o atacante lançou para Romerito, também sozinho deslocar Sérgio, novamente de primeira.
O jogo estava fácil para os representantes do Centro-Oeste. Aos 25, a esperada goleada foi consumada. Paulo Baier, novamente ele, lançou Romerito na esquerda. O meia, sempre livre na área, limpou a marcação de Ediglê antes de rolar para Júlio César desviar no canto esquerdo de Sérgio.
Assustado com tamanha tranqüilidade dos donos da casa para criarem um placar elástico, Valdir Espinosa decidiu fechar seu time para evitar uma goleada ainda maior. Mesmo assim, os mandantes tiveram nova chance em chute de Romerito, mas o marcador com 4 a 0 a favor era suficiente para colocar paz no Serra Dourada.