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Portugal e Inglaterra jogam daqui a pouco valendo vaga nas semifinais da copa

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Na Eurocopa 2004 disputada em Portugal, a seleção anfitriã, dirigida por Luiz Felipe Scolari, bateu a Inglaterra e seguiu em frente na competição, aliviando um pouco o sentimento de revanche que nutria dos ingleses desde 1966. Neste sábado, em Gelsenkirchen, no entanto, os portugueses terão a chance da real vingança contra o English Team.

Quarenta anos depois do encontro pela semifinal do Mundial da Inglaterra, vencida pelo time da Rainha por 2 a 1 graças às marcações polêmicas da arbitragem, os herdeiros do craque Eusébio terão de superar adversidades e a ausência de jogadores importantes como Deco e Costinha para acabar com a pose de Beckham e companhia e tentar levar Portugal às semifinais da Copa da Alemanha, mantendo vivo o sonho da inédita conquista.

A principal coincidência neste novo encontro está no banco de reservas português. Se em 1966 a melhor campanha portuguesa em Copas até agora se deveu em boa parte ao trabalho do técnico brasileiro Otto Glória, atualmente o maior responsável pelo ressurgimento do bom futebol dos nossos descobridores é Luiz Felipe Scolari. O gaúcho, que chegou a ser cogitado para substituir o sueco Sven-Goran Eriksson no comando da seleção inglesa após o Mundial, fez ressurgir o amor pela seleção em Portugal e é a grande esperança do país para escrever a história mais bonita da pátria em Copas do Mundo.

“Eu não poderia aceitar ser técnico de outro país antes de uma Copa do Mundo em que eu represento Portugal”, explicou Scolari, justificando sua negativa à Federação Inglesa, que já definiu Steve McClaren como novo treinador do English Team tão logo termine a participação da Inglaterra no Mundial da Alemanha. Se depender dos números de Felipão, aliás, Portugal pode apressar a troca no comando inglês.

Em duelos contra os rivais, o gaúcho tem vantagem absoluta, com duas classificações em cima dos comandados de Eriksson. Na primeira delas, válida pela Copa do Mundo de 2002, Scolari levou o Brasil à vitória de virada sobre os ingleses, em jogo válido pelas quartas-de-final. Dois anos mais tarde, pela mesma fase, mas na Eurocopa e a frente da seleção portuguesa, novo êxito, nos pênaltis, depois de um empate por 2 a 2 no tempo normal de jogo.

Às vésperas de seu terceiro encontro com o treinador sueco, Scolari não quer focar seu discurso no duelo particular com o comandante do time inglês. Ao invés disso, adota a tática de elogiar o adversário para diminuir o peso sobre sua própria equipe. “O futebol deles não é sempre bonito, mas é efetivo. Vamos encarar esse jogo como fizemos com os outros, mas temos que ter cuidado contra a Inglaterra, porque eles são muito perigosos e têm muita experiência. Temos que estar sempre atentos.”

Do lado inglês, Eriksson também tenta deixar o retrospecto e o duelo particular com Felipão em segundo plano. “Venho dizendo há tempos que nosso time de hoje é melhor do que o de dois e o de quatro anos atrás, por isso acredito plenamente na vitória. Também não acho que seja uma partida do Scolari contra mim. Tenho certeza de que quando os jogadores entrarem em campo não importará quem será o treinador rival”, apostou.

Adotando tática semelhante a do comandante português, o sueco enalteceu as qualidades do adversário deste sábado e até deu uma “mãozinha” a Luiz Felipe Scolari para montar seu quebra-cabeça e escalar Portugal sem o meia Deco e o volante Costinha, suspensos para o importante duelo.

“Penso que Figo poderia jogar atrás de Pauleta, como fez contra Angola. É muito perigoso e criou a jogada do gol contra Angola jogando atrás”, lembrou. ““É lamentável cada vez que há jogadores ausentes. Deco é um jogador fantástico. Costinha também é na zaga e no meio-campo. Temos a ausência de Michael Owen, mas é a vida no futebol”, finalizou.

Apesar dos “conselhos” de Eriksson, Felipão ainda não definiu quem começa jogando contra a Inglaterra. Os mais cotados para substituir Costinha e Deco são Petit e Simão Sabrosa, respectivamente. Cristiano Ronaldo, que deixou a “batalha” contra os holandeses contundido e perdeu alguns treinos, está recuperado e é presença confirmada. “Há muito tempo para se recuperar. A comissão técnica está fazendo tudo para que eu esteja 100%. O jogo contra a Holanda foi desgastante, mas vou estar bem”, prometeu.

O sueco Sven-Goran Eriksson também terá um reforço para a partida. Depois de participar apenas da estréia inglesa, o lateral direito Gary Neville voltou a treinar e deve ser titular contra Portugal. “Estou recuperado 100% da lesão na panturrilha, confiante e desesperado para jogar essa partida, como todos os outros jogadores do elenco”, afirmou o jogador do Manchester United.

A volta do atleta agradou ao comandante do English Team. “Ele é importante para o balanço lateral do time, e com certeza será muito bom tê-lo de volta. Não acho que seja um risco colocá-lo em campo”, concluiu o treinador, confirmando que Neville reassumirá o lugar que foi ocupado por Carragher contra Trinidad e Tobago e Suécia e Michael Carrick diante do Equador.

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