A crise vivida pelo Santos no início do ano foi amenizada com as seguidas vitórias conquistadas na Vila. O retrospecto do clube longe de casa, porém, ainda remete à fase em que ficou na zona de risco. Para manter aceso o sonho do tri, o Santos necessita superar o São Caetano e o jejum como visitante, domingo, às 16 horas, em Santo André.
O Santos conseguiu apenas dois dos 21 pontos disputados fora da Vila Belmiro – 9,5% de aproveitamento dos pontos. Restando cinco jogos para o fim da 1ª fase, o Santos está seis pontos atrás do G-4.
Dividida entre Paulista e Libertadores, a equipe litorânea já ultrapassou o limite de erros aceitáveis longe de seus domínios, avisa o técnico Emerson Leão. Uma nova derrota deixará o Santos praticamente fora da disputa pelas semifinais.
“Dentro da Vila provamos ser competentes. Temos agora que provar nossa competência também fora. Batemos nessa tecla aos nossos jogadores. Precisamos ter a mesma confiança, a mesma atitude também longe da Vila Belmiro”, orientou.
A novidade do Santos para domingo é o volante Rodrigo Souto, reincorporado ao time após frustrado acordo com o Lokomotiv, que desistiu do negócio horas antes da viagem do atleta para Moscou. Adriano e Dênis, lesionados, não atuam.
Alheio ao fraco rendimento santista fora da Baixada, o São Caetano tenta manter o status de maior força depois dos grandes. Vice paulista em 2007 e campeão em 2004, a equipe do ABC derrotou o Corinthians e empatou com o São Paulo neste Estadual.
Bem sucedido diante aos grandes, o São Caetano contrasta com a performance apenas regular na tabela, onde freqüenta o bloco intermediário, 19 pontos, um a menos que os santistas. A oscilação é explicada pelo técnico Pintado.
“É natural o jogador render bem contra um grande clube. Esses jogos têm visibilidade e todos crescem. Mas espero ter esse rendimento sempre”, observa Pintado, invicto no comando da equipe; dois empates (Guarani e Sertãozinho) e uma vitória (Marília).
Pintado não terá problemas para escalar São Caetano. Sem jogadores suspensos, o clube do ABC mira o título do Interior. “Isso ainda é pouco para um time com o potencial que tem”, acredita o treinador.
São Caetano
Júlio César, Neto, Aderaldo, Tobi e Rogério; Galiardo, Hernani, Douglas e Andrezinho; Luan e Tico
Técnico: Pintado
Santos
Fábio Costa; Adoniran, Betão, Domingos e Kléber; Marcinho Guerreiro, Rodrigo Souto e Molina, Kléber Pereira, Wesley e Sebastián Pinto