Um pênalti com poucos segundos – e convertido por Wellington Paulista – garantiu ao Criciúma a vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, na tarde deste domingo, no Heriberto Hulse. Pênalti polêmico (assinalado em impedimento) que ajudou a manter a equipe catarinense fora da zona de descenso, a uma partida do final do Campeonato Brasileiro.
Na rodada derradeira, daqui a uma semana, o Criciúma (agora com 46 pontos) decide seu futuro contra o Botafogo, no Rio de Janeiro, dependendo apenas de si para continuar na primeira divisão em 2014. Já ao São Paulo, sem qualquer pretensão, jogará como mandante diante do Coritiba, em Itu – a partida não será no Morumbi porque o clube foi punido com perda de mando de campo.
Neste domingo, Muricy Ramalho promoveu cinco mudanças no time. Apenas duas delas por necessidade (o lateral esquerdo começou no banco por conta de dores musculares, dando lugar a Lucas Evangelista, enquanto o volante Wellington substituiu Denilson, vetado em função de indisposição digestiva).
As outras alterações foram todas na frente. Em vez de atuar com Ademilson e Aloísio, como vinha fazendo nas partidas passadas, o treinador são-paulino escalou três atacantes: Welliton, Osvaldo e Luis Fabiano. Assim, Douglas, que vinha sendo um ponta ultimamente, retornou para a lateral direita, já que Paulo Miranda cumpria suspensão.
Mal deu tempo para que a nova formação se encaixasse em campo. Com menos de um minuto, Sueliton entrou na área e caiu após chegada de Lucas Evangelista por trás. O lance deveria ser invalidado por impedimento do lateral direito, mas o árbitro assinalou pênalti. Na cobrança, Wellington Paulista deslocou Rogério Ceni, bateu no canto direito e abriu o placar.
A vantagem rapidamente construída empolgou o Criciúma, que poderia ter feito mais gols logo depois. Aos seis minutos, Fábio Ferreira aproveitou cobrança de escanteio e bateu à esquerda do gol. Quatro minutos mais tarde, Lins fez ótima jogada pela ponta esquerda, carregou a bola para o meio, chutou no canto direito baixo e só não marcou porque Ceni fez ótima defesa.
Depois disso, o São Paulo se recuperou do golpe e começou a ter maior posse de bola, porém muitas vezes sem conseguir passar do meio-campo. Com um só meia de ofício (Ricardinho) e três jogadores de forte marcação (Serginho, João Vitor e Elton), o time da casa formava uma barreira praticamente intransponível à frente da defesa, obrigando o time visitante a explorar as jogadas laterais.
E foram pelos lados mesmo as únicas chances de gol da equipe paulista. Aos 31 minutos, Osvaldo recebeu na ponta esquerda e cruzou para Luis Fabiano, no meio da área, chutar acima do travessão. Sete minutos depois, Welliton recebeu cruzamento do mesmo lado e tocou de letra, mas não conseguiu vazar o bem colocado goleiro Galatto.
Sem alterações de nenhum lado no intervalo, os dois times voltaram para o segundo tempo com o mesmo desenho tático do primeiro. Mas, retraído e apostando mais em contragolpes, o Criciúma teve uma baixa importante aos nove minutos, quando o capitão Lins se machucou em dividida com Douglas e precisou ser substituído por Fabinho.
Com o passar do tempo, porém, o técnico Argel Fucks abdicou definitivamente de se arriscar, tirando o volante João Vitor para reforçar a defesa, com Matheus Ferraz. Ao mesmo tempo, Muricy trocou Ganso por João Schmidt e Welliton por Aloísio. Mas a tentativa são-paulina de mudança não surtiu efeito, e o Criciúma, que teve até uma última chance desperdiçada por Fabinho, assegurou mais três importantíssimos pontos na luta contra a queda para a segunda divisão nacional.