O Santos não começou bem a luta pelo tricampeonato do Paulistão em 2012. Alan Kardec abriu o placar aos 32 do primeiro tempo, mas o Peixe conseguiu ser melhor que o XV de Piracicaba em poucos momentos da partida, cedendo o empate por 1 a 1 aos 44 da segunda etapa.
O time do interior paulista mostrou bom futebol e personalidade diante dos reservas do Santos, que enfrentaram a falta de entrosamento e a força da torcida do Nhô Quim, que compareceu em peso e incentivou do primeiro ao último minuto de bola rolando.
O responsável pelo empate do XV de Piracicaba, aos 44 do segundo tempo, foi o experiente André Cunha, que entrou atendendo a pedidos da torcida, sofreu o pênalti de um estabanado Chrystian e executou a cobrança com maestria.
O Jogo – O XV de Piracicaba mais parecia o Barcelona nos primeiros minutos de bola rolando, com movimentação intensa e pelo menos três chutes que assustaram o goleiro Aranha, um dos personagens principais do primeiro tempo com a camisa do Santos por ter evitado que o Nhô Quim abrisse o placar no Barão de Serra Negra.
Perdido no início da partida, o Santos confiou muito no futebol do garoto Thiago Alves que, aos dois minutos, chamou o lateral Vinícius Bovi para o "baile", mas acabou se desencontrando nas próprias fintas e perdeu a bola no campo ofensivo, sendo alvo de muitas vaias da fanática torcida do time do interior paulista.
Enquanto o Peixe ainda não se entendia dentro de campo, o lateral Alex Cazumba, do XV, mostrava o motivo de ser temido na defesa santista. Logo aos cinco minutos, o ala esquerdo cruzou para Paulinho, que subiu mais alto que Bruno Rodrigo e cabeceou por cima do gol de Aranha. No minuto seguinte, o camisa 1 do Peixe defenderia um forte chute de Vinícius Reis.
Os instantes seguintes da partida foram de muita luta pela posse de bola, com o santista Rentería acertando uma cotovelada no marcador do XV, Toninho, e recebendo apenas o cartão amarelo. A partida era morna no meio-campo e bastante disputada, até que a estrela de Alan Kardec, o camisa 10 do Santos, brilhou.
Aos 32 minutos do primeiro tempo, Maranhão desviou da marcação do XV de Piracicaba e fez o cruzamento na medida para Alan Kardec, que recebeu na entrada da área e teve tempo para dominar a bola, ajeitar e acertar com força o canto de Gilson. O detalhe é que eram cinco marcadores do anfitrião dentro da área, mas que se atrapalharam quando a bola desviou na cabeça de um deles.
Recuado no momento do gol do Peixe, o Nhô Quim reagiu nos minutos finais, mas não conseguiu marcar. Aos 37, Alex Cazumba driblou meia defesa do Santos e bateu forte, para fora. No fim da etapa, Anaílson dominou na entrada da área e foi derrubado por Bruno Rodrigo, não sem antes conseguir fazer o passe para Paulinho. O atacante acabou desarmado por Maranhão, mas a reclamação em relação à arbitragem só estava começando.
Logo aos seis minutos do segundo tempo, o XV de Piracicaba mostrou que o Santos não deixaria o Barão de Serra Negra com três pontos muito facilmente. O atacante Paulinho recebeu dentro da área e chutou rasteiro para grande defesa de Aranha, que espalmou para o meio da área. A zaga do Santos se atrapalhou toda, mas Vinícius Reis acabou chutando para fora e pondo fim ao perigo quinzista.
No minuto seguinte, Alex Cazumba cobrou escanteio e Diego Borges cabeceou na trave do goleiro Aranha. O Santos tentou reagir com Anderson Carvalho, que aplicou um chapéu no marcador do XV, mas chutou por cima do gol.
O técnico Moisés Egert apostou na entrada do atacante Gustavo Savoia, que não rendeu o esperado e também não conseguiu segurar a bola no campo de ataque. O Peixe manteve a calma e não criou muitos lances de perigo, exceção feita à cobrança de falta ensaiada e Felipe Anderson que assustou o goleiro Gilson.
Aos 26, Anderson Carvalho bateu forte e obrigou Gilson a desviar a bola para a trave. O XV de Piracicaba mostrou personalidade e aumentou o ritmo nos minutos finais. Um pênalti cometido por Christian em André Cunha atrapalharia os planos do Santos, que só conseguiu estrear no Campeonato Paulista com um empate. Feliz da vida, o torcedor do Nhô Quim saiu de campo aplaudindo o "time de guerreiros".