O morador de Vera e paratlela de canoagem Dieiverson Perin, 26 anos, foi um dos selecionados para carregar a Tocha Olímpica dos jogos que serão realizados este ano no Rio de Janeiro. Em entrevista ao Só Notícias, ele disse que ficou emocionado ao ser indicado pelo Ministério do Esporte. "Não há palavras para descrever essa emoção. Carregar o símbolo das Olímpiadas, que serão realizadas no Brasil, foi o maior prêmio que já tive".
Ele já teve a primeira experiência de carregar a Tocha Olímpica em um evento, em Brasília, no ano passado. A jornada da Tocha Olímpica começará no dia 21 de abril deste ano, quando a chama será acesa na cidade de Olímpia, na Grécia. Depois disso, após um rápido trajeto pelo país europeu, a Tocha desembarcará no Brasil no dia 27.
No dia 3 de maio, em Brasília, terá início o revezamento. Ainda não há data de quando e se deve passar por Mato Grosso.
Enquanto isso, Perin divide o tempo entre o trabalho, estudos e os treinos em uma lagoa nas proximidades de Vera. Segundo ele, uma das dificuldades é conseguir participar das competições estaduais e nacionais devido a falta de patrocinadores. "Durante a minha trajetória não tive patrocinadores. Os que me apoiaram até hoje foram três empresários do município".
Ele ainda não tem vaga para os jogos que serão realizados no Rio de Janeiro. No entanto, segundo ele, o foco são as Paralímpiadas de 2020, em Tóquio, no Japão. "Meu objetivo agora são as Paralímpiadas de 2020, não apenas como convidado para carregar a tocha, mas para representar o nosso Estado e Brasil”.
Dieiverson sofreu um acidente automobilístico em São Paulo que o deixou paraplégico. A carreira como atleta teve início em 2010. A canoagem ele conheceu, em Brasília, durante o tratamento no Hospital Sarah Kubitschek. O primeiro contato com esporte foi através de Fernando Fernandes, campeão mundial de canoagem paralímpica.
Na primeira prova, ele percorreu 33 quilômetros remando no rio Araguaia, terminado a competição em 34º e a frente de atletas sem deficiência. Ele já participou em diversos campeonatos estaduais e em dois campeonatos brasileiros de paracanoagem, em São Paulo. Foi duas vezes campeão na primeira modalidade de 500 metros e 2º na de 200 metros. Em Curitiba ficou em 3º lugar nos 200 metros e em 2º lugar nos 500 metros.