Quando entrarem em campo neste domingo, às 16h, no estádio Anacleto Campanella, São Caetano e Paraná podem definir seus futuros. Enquanto os paranaenses precisam da vitória para se manter na briga pela Libertadores, os paulistas dependem dos três pontos para continuar sonhando com a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro.
Com 56 pontos ganhos, o Paraná vem travando uma disputa acirrada com o Vasco (que tem 57) nas últimas rodadas. A duas rodadas do fim da competição, o time paranista aposta em um tropeço carioca em algum dos jogos (Santos e Figueirense) para passar à frente e conseguir a vaga. Mas para isso, terá que passar pelo desesperado São Caetano, e depois bater o campeão São Paulo, em Curitiba.
A situação do São Caetano é mais complicada. Com seis pontos a serem disputados, o time do ABC terá de conquistar todos e ainda torcer por dois tropeços do Fluminense, que tem cinco a mais. Derrota ou empate diante do Paraná sela sua queda à Série B.
Qualquer resultado diferente da vitória neste domingo (ou vitória do Fluminense sobre o rebaixado Santa Cruz, em Recife) confirma um rebaixamento que vem sendo anunciado desde a 23ª rodada, quando o time do ABC entrou na área do descenso e não saiu mais.
De lá para cá, o clube trocou de treinadores e passou por um momento de muita instabilidade. Nas últimas rodadas, o time dirigido por Dorival Júnior esboçou uma reação ao vencer três jogos consecutivos. Porém, a derrota para o Vasco no domingo passada, em pleno Anacleto Campanella, recolocou o São Caetano em situação praticamente irreversível.
Em situação muito mais confortável, o Paraná luta para se manter na briga pela vaga na Libertadores e coroar a grande temporada do clube. Campeão paranaense no início do ano, o time de Curitiba faz a melhor campanha de sua história no Campeonato Brasileiro -supera a do ano passado, quando chegou em sétimo. Além disso, disputar o torneio sul-americano seria inédito para o clube.
Fora todas essas motivações, o Paraná ainda encontrou outra para esta reta final do Nacional. Ninguém da equipe tricolor apareceu na lista dos indicados a melhores do Brasileirão, o que deixou Caio Júnior revoltado. O treinador chegou a dizer que seu time sempre foi o “patinho feio” deste campeonato e que, com a campanha surpreendente, “tentam ignorá-lo”.
Os times
Cheio de problemas para escalar a equipe, o técnico Dorival Júnior levou um susto no treino da última sexta-feira. O zagueiro Thiago levou uma pancada no tornozelo e teve que deixar o treino para receber atendimento médico. Depois dos exames, porém, o jogador foi liberado e encara o Paraná.
O susto do treinador azulino se deu por conta da ausência de outros três zagueiros. Cléber, Gustavo e Neto estão lesionados e foram vetados para a partida. Apesar das ausências, Dorival Junior não se preocupa com a atuação de sua equipe.
“Desde de que cheguei sempre jogamos sem três ou quatro atletas. Contra o Fluminense, por exemplo, não tínhamos nove jogadores, claro que nem todos titulares, mas desfalques. Isso complica um pouco”, disse Dorival Junior.
No Paraná, O zagueiro Neguette segue fora. A zaga continua sendo formada por Gustavo e Edmilson, e o esquema tático continua sendo o 4-4-2. No meio-de-campo, Batista volta ao time após cumprir suspensão por excesso de cartões amarelos.
O principal problema é na lateral esquerda. Edinho e Eltinho estão lesionados e Caio Júnior ainda não definiu quem entra jogando.
Data: 26/11/2006
Horário: 16h
Local: estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS)
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e José Antônio Filho (RS)
São Caetano
Mauro; Madson, Maurício, Thiago (Muçamba) e Alex; Daniel, Jonas, Canindé, Elton e Dinélson; Élton e Marcelinho
Técnico: Dorival Júnior
Paraná
Flávio; Peter, Gustavo, Edmilson e Eltinho (Edinho); Pierre, Batista, Beto e Sandro; Leonardo e Cristiano
Técnico: Caio Júnior