Apontado como um dos principais candidatos ao título paulista da temporada, o Palmeiras vem de dois tropeços seguidos “em casa” (empate contra o Mirassol, em Barueri, e derrota para o Ituano, em Piracicaba) e precisará, neste sábado, às 18h10, em Bauru, somar três pontos diante do Noroeste para não deixar os ponteiros da competição se distanciarem.
A fórmula encontrada pelo técnico Wanderley Luxemburgo para recolocar sua equipe nos trilhos foi a mais tradicional de todas: a bronca. “Não nasci para perder e vou identificar nesse grupo quem quer chegar, pois o jogador também tem que acreditar. Se identificar alguém que não pense em Palmeiras, não pense igual a mim, terá que sair. É natural”, discursou Luxemburgo, sem citar os nomes dos atletas que não estejam correspondendo.
“Eu estou formando um time campeão e o jogador tem que saber que estamos no Palmeiras para conquistar títulos, pois a torcida e a grandeza do clube não permitem que pensemos diferente”, completou o chefe, que terá apenas um problema para a partida deste sábado: Valdívia, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.
Responsável pela armação do time com a ausência do chileno, o ex-gremista Diego Souza não se mostrou preocupado com sua difícil missão e garantiu que a bronca dada pelo comandante ainda nos vestiários do Barão de Serra Negra, em Piracicaba, será revertida em bom futebol dentro de campo neste sábado.
‘Foi um puxão de orelhas bem dado, pois é inadmissível perder um jogo desse jeito. O time deveria estar mais ligado. O Wanderley é um treinador vencedor e que cobra isso de cada um. O trabalho está apenas iniciando e as peças estão se conhecendo. Tenho certeza que vamos evoluir e colocar o Palmeiras em seu devido lugar’, apostou o camisa sete.
Sobre o fato de substituir o “Mago”, foi direto: “Vou ter que ajudar bastante na criação de jogadas sem o Valdívia, mas a marcação em cima da gente é normal. Isso vai sempre acontecer e temos que nos acostumar”, sintetizou.
Sem Valdívia, o técnico Wanderley Luxemburgo tem algumas opções para montar a equipe. Pode recuar William para o meio e promover a entrada de Lenny no ataque desde o início ou mandar a campo um time com três volantes, deixando Diego Souza só na armação e mantendo o ataque utilizado contra o Ituano.
‘Vou ficar te devendo essa. Ainda não decidi e tenho mais um tempinho para pensar’, sintetizou o treinador, que sequer levou o atacante Luiz Henrique, titular nos primeiros quatro jogos do Paulistão, junto com o grupo que viajou para Bauru. ‘A explicação, se for dada, será internamente ao jogador’, avisou Luxa.
A outra mudança do treinador palmeirense será na zaga. Apesar de não admitir publicamente, Luxemburgo está insatisfeito com o desempenho do setor nos últimos dois jogos, principalmente nas bolas aéreas. Por isso, sacará Dininho, em mau momento, para a estréia de Henrique, contratado junto ao Coritiba após uma longa novela.
“Estou pronto”, garantiu o defensor, sem medo do problema aéreo que tomou conta do time nas últimas partidas. “Esses gols de bola parada acontecem sempre, em todos os clubes. Não é um defeito. É mérito de quem cruzou e de quem cabeceou. Mas vamos trabalhar para melhorar isso”, prometeu.
Pela recuperação: Assim como o Palmeiras, o Noroeste também entrará em campo buscando recuperação, já que foi derrotado pelo São Caetano por 2 a 1 na última rodada do Paulistão.
Sem problemas de cartão, o técnico Márcio Bittencourt espera apenas para saber se poderá contar com o veloz Leandrinho, que se recupera de lesão. Se continuar sentindo dores e for vetado, o ataque será formado por Luciano Bebê e Otacílio Neto, artilheiro do Paulistão até o momento, com cinco gols, ao lado de Renato, da Ponte Preta.